Pão é símbolo da vida
Clarice Graupe Daronco [email protected]
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“Em Mateus 6.9-13, aprendemos com Jesus a orar o Pai Nosso como uma oração pessoal e comunitária, pois o relacionamento com Deus não é algo exclusivamente individual, mas inclui as outras pessoas. Por isso, oramos “Pai nosso” e não “Pai meu”; pedimos pelo “pão nosso” e não pelo “meu pão”. Orar o Pai nosso é reconhecer que somos filhos e filhas de Deus, criados a sua imagem e semelhança para viver e conviver. A partir disso, nos entendemos parte do mesmo corpo, com múltiplos e diferentes membros, somos uma família”. Com essas palavras a pastora da Comunidade Luterana Cristo Bom Pastor, Paula Naegele começa a descrever o objetivo da ação realizada na tarde do dia 1ª de novembro, junto ao Hospital e Maternidade Oase.

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Conforme a pastora “Jesus ensina a pedir a Deus pelo pão nosso de cada dia. O pão é símbolo da vida. Já faz seis mil anos que a humanidade se alimenta com pão. É muito comum em nosso dia a dia nos alimentarmos com pão. Muito provavelmente, você que lê esta matéria, deve estar se lembrando de sua mãe, ou avó preparando a massa de pão para o café ou jantar da família. O pão também é símbolo de solidariedade, partilha, comunhão. Ele está presente na história do povo de Deus. Durante a travessia de 40 anos em que o povo israelita caminhou pelo deserto, ele foi alimentado por Deus com “maná”, com o pão que caía do céu. Esse “maná” era sinal da fidelidade de Deus e o chamado à confiança de que Deus cuida de seu povo e o sustenta. A confiança de que Deus provê o pão de cada dia liberta as pessoas da ansiedade de acumular para si (conf. Êxodo 16)” .
Paula destaca que “no Catecismo Menor, Martim Lutero explica que o pão é tudo o que precisamos para viver: comida, bebida, roupa, calçado, trabalho, casa, lar, família íntegra, escola, saúde, bom governo, bons vizinhos, boas amigas, bons amigos, educação. Quando oramos o Pai Nosso, pedimos que Deus no sustente em nossas necessidades diárias”.

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Assim, observa a pastora, “em nossos encontros semanais do Ensino Confirmatório (especialmente com as turmas do primeiro ano – preparandos/as) dialogamos sobre a importância de confiarmos em Deus, e de que Ele cuida do sustento do seu povo. O Pão Nosso de cada dia significa questões bem concretas de uma vida digna para todas as pessoas. Não podemos pedir, “Pão Nosso” de forma supérflua, por grandes quantidades, mas sim, por aquilo que necessitamos para viver. Pois junto de nossas orações, vem nossa gratidão por termos alimentos em nossas mesas, respeito, amor e misericórdia uns com os outros/as. Ao orarmos, nos comprometemos a repartir o que temos, como responsabilidade cristã com nosso irmão e irmã, na distribuição justa do pão entre todas as pessoas”.
Paula relata que “como forma prática de nosso estudo, nossa turma de preparandos/as trouxe para o encontro pães e estes foram carinhosamente entregues ao Hospital e Maternidade Oase. A turma escolheu representantes para realizarem a entrega, retratando assim nossa responsabilidade cristã em partilhar e orar por aqueles e aquelas que necessitam”.
A pastora comenta ainda que “a gratidão e o amor se expressam em gestos, palavras e ações. Assim vivemos a nossa fé, em qualquer idade. Agradecemos a Deus por tudo o que temos e pedimos que Ele nos mostre com o que nós podemos contribuir em nossa realidade. Queira Deus, que o Pão Nosso de cada dia não falte em nossas mesas, que não nos faltem motivos para agradecer por tudo o que Ele nos dá! ”
Os representantes da turma de preparandos/as esteve no Hospital e Maternidade Oase acompanhados pela pastora Paula e foram recebidos pela coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital e Maternidade Oase, Eva Abreu, que agradeceu a ação da turma. “Em nome de todos no Hospital, gostaríamos de expressar nossa gratidão ao grupo e suas famílias por escolher o Hospital para realizar essa ação. Que essa atitude solidária e bondosa seja inspiradora para novas ações. Os pães que vocês estão doando não apenas alimentarão nossos corpos, mas também aquecerão nossos corações. Muito obrigado!”
Na oportunidade o grupo conheceu a Capela do Hospital e também responderam alguns questionamentos, além de compartilhar pequenas experiências no quesito visita hospitalar. No final a pastora agradeceu pela acolhida.