Serviço é executado por professores e alunos do Centro de Ciências Tecnológicas da Furb
Um dos grandes diferenciais de Blumenau no combate às cheias e enchentes é o mapa das cotas de enchente. Qualquer pessoa pode saber a medida de inundação da rua onde mora com base no nível do Rio Itajaí-Açu. E a previsão é que neste ano ainda ele seja atualizado para dar mais segurança e precisão para toda a comunidade. O trabalho de revisão já está em andamento e a previsão é que em novembro a Prefeitura de Blumenau receba o resultado e faça as análises finais para a divulgação.
A revisão das cotas é necessária porque a realidade da cidade muda. Construções, medidas de prevenção e outros fatores mudaram o cenário da cidade. Por isso, no fim de 2024, a Secretaria de Proteção e Defesa Civil (Sedeci) contratou a Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb) para executar a atualização, por meio de levantamento em campo realizado nas ruas do município.
O trabalho utiliza um equipamento chamado RTK (Real Time Kinematic), de alta precisão na área de topografia. Ele permite alinhar dados com satélites, registrar coordenadas geográficas e altitude em relação ao nível do mar, possibilitando a comparação com levantamentos anteriores e o cálculo do nível do rio necessário para atingir determinado ponto. A equipe responsável é formada por professores e estudantes de graduação do Centro de Ciências Tecnológicas da Furb.
Segundo o professor e coordenador dos trabalhos, Ademar Cordeiro, a revisão deve ser concluída até o fim de novembro. “Já foram vistoriados cerca de 3.500 pontos da cidade, considerando endereços que estejam dentro de uma cota de até 16 metros de inundação”, explica.
Para o secretário municipal de Proteção e Defesa Civil, Carlos Menestrina, o estudo é fundamental para reforçar a segurança da população. Normalmente, cada família já tem seu próprio plano de contingência, definido pela experiência, sobre o momento de evacuar sua residência, comércio ou local de trabalho. Justamente por isso, é essencial que o município disponibilize informações atualizadas sobre as possíveis áreas de alagamento conforme a elevação do rio”, destaca.
Assessor de Comunicação: Fernando Gonzaga