A marca vai ser atingida 19 dias mais cedo em comparação com 2024, quando o painel marcou R$ 1,8 trilhão
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), localizado no Centro Histórico da capital paulista, atingirá a marca de R$ 2 trilhões em impostos arrecadados no Brasil em 2025 na próxima quinta-feira, 3 de julho, às 17h17. O valor representa um aumento significativo em relação ao ano anterior e levanta importantes questões sobre a economia brasileira.
O valor de R$ 2 trilhões foi alcançado 19 dias antes do previsto, em comparação com o mesmo período de 2024, quando o painel marcou R$ 1,8 trilhão. Este aumento de 11,1% evidencia um ritmo acelerado na arrecadação.
Fatores do Crescimento
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da ACSP, atribui o crescimento a diversos fatores:
Aquecimento da Atividade Econômica
Inflação, com seu impacto direto nos impostos sobre o consumo, que também contribuiu significativamente para o aumento da arrecadação
Medidas Governamentais e Mudanças Tributárias, como a elevação das alíquotas do ICMS e outras medidas, como a tributação de offshores, reoneração de combustíveis e mudanças na tributação de incentivos fiscais, além da retomada do voto de qualidade do CARF, também impulsionaram a arrecadação.
Perspectivas
Apesar do crescimento, as perspectivas para o restante de 2025 são mais modestas, devido à expectativa de menor crescimento econômico e ao impacto da elevação da taxa Selic.
A plataforma Ga$to Brasil, que compartilha dados com o Impostômetro, mostra que os gastos não financeiros do setor público já ultrapassam R$ 2,6 trilhões em 2025.
A diferença entre a arrecadação e os gastos públicos (mais de R$ 550 bilhões a mais em gastos) sem considerar a dívida, aponta para um possível problema de solvência nas contas públicas.
Conclusão
Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, o dado positivo é que a arrecadação está crescendo em ritmo mais acelerado do que no ano passado… Mas também é resultado da inflação e do aumento da carga tributária, ressalta o economista do IEGV/ACSP.
Fonte: RCNONLINE