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terça-feira, 23 de setembro de 2025

Municípios de Santa Catarina lideram gestão fiscal no Brasil, aponta Firjan

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Municípios de Santa Catarina têm a melhor gestão fiscal do país, segundo a nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). O levantamento mostra que o estado encerrou 2024 com média de 0,8787 ponto, superando em 34,5% a média nacional, que ficou em 0,6531 ponto. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), quase todas as cidades catarinenses registraram situação fiscal boa ou excelente. Apenas quatro municípios — Anita Garibaldi, Penha, Pescaria Brava e Santo Amaro da Imperatriz — apresentaram dificuldades, mas nenhuma prefeitura catarinense ficou em situação crítica.

O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, destacou que os bons números foram impulsionados pelo cenário econômico de 2024 e pelo aumento nos repasses de recursos. Ele alertou, porém, que essa condição pode não se repetir em outros anos e que ainda existe desigualdade significativa entre municípios brasileiros.

O IFGF avalia quatro indicadores principais: Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Santa Catarina apresentou desempenho de destaque em todos eles. No quesito Autonomia, o estado obteve 0,8840 ponto, o melhor do país, mostrando forte capacidade de geração de receita própria. Em Gastos com Pessoal, alcançou 0,9538 ponto, também a maior média nacional, revelando equilíbrio nas contas públicas. No indicador de Liquidez, registrou 0,8140 ponto, acima da média brasileira de 0,6689. Já em Investimentos, ficou com 0,8630 ponto, frente à média nacional de 0,7043.

Entre as capitais, Florianópolis obteve IFGF Geral de 0,6899 ponto, considerado gestão boa. A capital catarinense recebeu nota máxima em Autonomia, mas ficou abaixo da média estadual em Gastos com Pessoal (0,5684), Liquidez (0,4919) e Investimentos (0,6994), ocupando a 20ª posição entre as 26 capitais avaliadas.

No cenário nacional, o estudo mostra melhora geral devido à conjuntura econômica favorável e ao aumento de repasses, que somaram R$ 177 bilhões apenas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Mesmo assim, 36% das cidades brasileiras — que representam cerca de 46 milhões de pessoas — ainda enfrentam situação fiscal difícil ou crítica. Vitória (ES) foi a única capital a alcançar nota máxima no levantamento.

Segundo o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, o resultado reforça a necessidade de reformas estruturais para garantir eficiência na gestão municipal. Ele ressalta a importância de rever critérios de distribuição de recursos, estimular a arrecadação local e avançar em uma reforma administrativa que permita maior flexibilização orçamentária e controle de despesas.

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