O Agosto Lilás ganha destaque na Escola de Educação Básica Ruy Barbosa com a 3ª edição do Sarau de Gênero e Contemporaneidade, que acontece neste sábado, 23 de agosto, das 7h30min às 11h30min.
O evento convida a comunidade a refletir sobre a violência contra a mulher e reforça a importância da denúncia com o lema: “O silêncio mata! Não se cale! Denuncie!”.
Mais do que um encontro cultural, o Sarau se estabelece como espaço de diálogo, reflexão e sensibilização. A educação, afirmam as organizadoras Juliane Bortese e Gabriele Fontanive, vai além da sala de aula: ela transforma a vida em sociedade e forma cidadãos conscientes, empáticos e comprometidos com a mudança social.
“O evento amplia horizontes ao tratar de gênero, discutindo papéis sociais, comportamentos, expressões e identidades culturalmente moldadas. Tudo isso precisa ser questionado e reconstruído com base no respeito e na igualdade”, explicam as organizadoras.
O Sarau segue a Base Nacional Comum Curricular e o Currículo do Território Catarinense, reforçando que educar também é despertar para a vida e para os direitos.
Inspirado pelo Agosto Lilás, campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, o Sarau busca informar, fortalecer a rede de proteção e promover educação preventiva. “O combate à violência é responsabilidade de todos”, enfatizam as organizadoras.
A programação do evento inclui palestra da psicóloga da Polícia Civil Bianca Utpadel, caminhada de conscientização e apresentações culturais. Além disso, exposições na escola criam espaços de memória, denúncia e esperança:
- Nosso Sarau: história do evento e vínculo pedagógico;
- Futuro Matriarca: reflexões sobre patriarcado e biografias de mulheres inspiradoras;
- Farmácia Realista: visibilidade aos tipos de violência e caminhos de denúncia;
- Direitos: a quem pertencem?: conquistas femininas ao longo da história;
- Maternidade e Paternidade no Brasil: debates sobre abandono parental, contracepção e gravidez na adolescência;
- Horta Matriarca: símbolo de afeto e ancestralidade, reunindo saberes transmitidos por mães, avós e antepassados em um espaço vivo de cura e memória.
As organizadoras reforçam que o Sarau de Gênero e Contemporaneidade é um convite à ação: “Que cada voz se some ao coro contra a violência, que cada passo da caminhada simbolize resistência e que cada olhar lançado às exposições se transforme em gesto de empatia. A comunidade deve participar e fortalecer este movimento. Calar não é opção”.