Voluntários apresentam ferramenta essencial para fortalecer vínculo com crianças e adolescentes
Uma oficina sobre Comunicação Não Violenta (CNV) foi promovida para famílias acolhedoras dos municípios de Apiúna, Ascurra e Rodeio, na região do Vale do Itajaí. A atividade foi conduzida por dois voluntários e teve como objetivo apresentar estratégias para aprimorar o diálogo e a resolução de conflitos no acolhimento de crianças e adolescentes.
A iniciativa ocorreu em parceria com o Programa Novos Caminhos, desenvolvido pela Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (CEIJ), do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), em conjunto com a Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) e a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).
A escolha do tema foi uma sugestão dos profissionais do Serviço de Família Acolhedora da comarca de Ascurra, e a ação foi conduzida por voluntários da Cia da Meia, empresa que apoia iniciativas sociais e incentiva a participação dos adolescentes do Novos Caminhos. A CNV é uma abordagem que busca incentivar o respeito, a empatia e a escuta ativa, com o objetivo de promover um diálogo mais claro entre as partes.
No contexto das famílias acolhedoras, a técnica pode ser utilizada como um recurso para auxiliar na comunicação com crianças e adolescentes em acolhimento, que podem apresentar desafios emocionais. A aplicação da CNV visa reduzir conflitos e facilitar a adaptação ao novo ambiente.
O psicólogo e coordenador do Serviço de Família Acolhedora da comarca de Ascurra, Renann Marcel Sandri, ressalta que a oficina, realizada em 27 de março, trabalhou aspectos fundamentais para tornar a comunicação mais clara e gentil, reduzindo tensões e criando um ambiente mais seguro e acolhedor.
“Com essa abordagem, as famílias poderão apoiar melhor as crianças e adolescentes na adaptação e no desenvolvimento de habilidades essenciais de comunicação e resolução de conflitos, que serão úteis ao longo de toda a vida”, afirma.
Os voluntários Jaqueline Sulzbach e Leonardo Lenno Amaro destacam que a CNV pode transformar relações familiares ao estimular um olhar mais empático e respeitoso. “Essa ferramenta não apenas melhora a convivência, mas também promove uma conexão genuína entre as famílias e os jovens acolhidos. Ao mudar a forma de pensar e enxergar o mundo, a CNV fortalece os laços e contribui para um ambiente de acolhimento mais humano e afetivo”, explicam.