Famílias Cristofolini e Agostini fortalecem laços culturais entre Brasil e Itália
FORNACE/ITÁLIA ? Representantes brasileiros das famílias Cristofolini e Agostini participaram de u …
EVANDRO LOES/JMV

EVANDRO LOES/JMV
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FORNACE/ITÁLIA – Representantes brasileiros das famílias Cristofolini e Agostini participaram de uma solenidade oficial e uma confraternização, envolvendo grande parte das famílias e autoridades da cidade de Fornace, localizada na Província de Trento (Itália), de onde vieram a maioria dos imigrantes trentinos e italianos com destino ao Vale do Itajaí (Brasil), no ano de 1875. O ex-vereador, Celso Cristofolini, acompanhado de seu filho, Luca Francesco (neto materno de Agostini), receberam as honras da cidade, através do prefeito Pierino Caresia, em um evento realizado no dia 12 de outubro (a noite), no Teatro Municipal de Fornace. Também participou da comitiva Romildo Kuchel (Mosquito) e Neori Mascarello, oriundos do Paraguai.
Mais de 250 habitantes de Fornace e região prestigiaram as homenagens aos brasileiros, descendentes dos casais Mansueto Cristofolini e Tereza Rocabruna e Emanuelle Agostini e Tereza Tamanini, que emigraram para o Brasil, devido a onda de otimismo com o novo continente americano, que abria suas portas para imigrantes europeus. Em Fornace, ficaram muitos parentes e os sobrenomes Cristofolini e Agostini ainda são comuns na cidade e região. Durante a solenidade, Celso Cristofolini usou da palavra e fez um relato sobre a época da imigração e a realidade atual dos descendentes italianos que moram no Vale do Itajaí, localizado no estado de Santa Catarina (Brasil).
Entre os reatos, destacou o momento da partida dos 180 imigrantes de Fornace que viajaram para o Brasil no dia 25 de julho de 1875. Na oportunidade, foi celebrada uma missa na Igreja de São Martinho, pelo Padre Giovani Manfredi, pároco da cidade na época, que abençoou os viajantes e desejou uma vida melhor no novo continente, pois a situação na Itália era muito delicada, com uma grave crise financeira e o alastramento de doenças que vitimaram dezenas de milhares de pessoas por toda a Europa. Celso Cristofolini disse que ainda persiste muita semelhança nos traços físicos dos descendentes que ficaram na Itália e os que emigraram para o Brasil.
Falando sobre a importância do intercâmbio cultural entre a Província de Trento e o Vale do Itajaí, Celso Cristofolini mencionou dois incentivadores desse programa, nas pessoas do ex-deputado provincial Giovani Battista Lenzi e Rino Zandonai, que foi Diretor Geral da Trentini Nel Mondo, instituição criada para promover o resgate cultural dos descendentes de Trento espalhados pelo mundo, em especial pelo Brasil. Lenzi e Zandanai foram vítimas fatais do vôo 477, da Airfrance, quando retornavam de uma viagem ao Brasil, em maio de 2009, quando visitaram cidades como Rodeio, Timbó e Rio dos Cedros.
O prefeito de Fornace, Pierino Caresia, também enalteceu a visita dos brasileiros e falou sobre a importância de resgatar os laços afetivos e culturais entre os descendentes trentinos. Após a solenidade oficial, todos os presentes se dirigiram ao salão de festas da paróquia para uma confraternização, onde não faltou a boa e tradicional comida italiana e muita música. Celso Cristofolini aproveitou para executar e cantar músicas italianas e brasileiras, acompanhado de um acordeon e seu filho Luca Francesco, com um violão. Celso Cristofolini recebeu presentes, como livros sobre a região de Trento, que vai doar para a Biblioteca Municipal de Timbó Péricles Prade. Entre as obras, destacam-se “A História da cidade de Fornace; “Artes Sella”, que trata sobre obras de arte a partir de materiais reciclados de origem da própria natureza e, “Vignola Falesina”, que conta a história das famílias Beber, Okner, Campregher, Stullzer, Oss-Emer, Fruet e outros.
A viagem à Europa, que durou 19 dias (de 10 a 19) também serviu para que os brasileiros conhecessem mais a região de Trento e outros países do velho continente. Ainda em Trento, a comitiva visitou a capital da província, Trento, as cidades de Pérgine, Cavalese, Zambana, Rovereto, Bezelga Depiné, Albiano, Lavis, além de passar pelos vales di Non, Fassa, Fiemi, Sugana e Manara. Em Trento, visitaram o Ofício Tretino nel Mondo e a sede governamental da província. Depois de quase uma semana na Itália, os brasileiros foram para países como Alemanha, Áustria e República Tcheca.
O ex-vereador Celso Cristofolini já viajou para a Europa em nove oportunidades, mas assegura que sempre é um aprendizado a cada contato que realiza. Sobre esta última visita, disse que pode perceber que os europeus atravessam um período delicado em sua economia, mas já estão tomando providências para reverter a situação. “Um povo que se reergueu de adversidades muitos piores, como duas grandes guerras, com certeza tem a capacidade de enfrentar o desafio que se apresenta com muita sabedoria”, concluiu Celso Cristofolini.
A presença dos brasileiros em Fornace foi destacada pela imprensa nacional e regional, com reportagens nos jornais L’Adige e o Trentino, duas publicações diárias de grande circulação. (Veja reprodução em anexo).
O pronunciamento de Celso Cristofolini, em Português e Italiano, acompanha esta reportagem.
Celso Cristofolini
Pronunciamento Fornace – Trento – Itália. 12 de outubro de 2012
Filho de imigrantes trentinos e italianos. Esta historia iniciou, em 25 de julho de 1875, era o último domingo do mês de julho, pela manhã, todas as famílias de Fornace e, nós que estávamos partindo, para o Brasil, foi a ultima missa, celebrada pelo Padre Giovanni Manfredi, na Igreja São Martinho.
Chegou o momento de dizer adeus, meu bisavô Cristofolini, nunca mais voltou, junto a sua gente, em sua localidade, terra muita amada.
Contou histórias, que as famílias e, a gente deste pequeno município, das montanhas, é gente de palavra, de família, trabalhadoras, de caráter e muito inteligente.
Este meu bisavô, um dia, após estar a algum tempo em Rodeio Sc,desabafou, que tinha certeza que teria saudades de sua gente, das montanhas, mas nunca podia imaginar, de se abraçar todos juntos e, chorar, com seus familiares, olhando para o céu e a lua, imaginando que alguém dos seus, familiares, que ficaram em Fornace, parentes e amigos, neste momento, estive-sem também olhando para o céu e a lua, que o espetáculo seria o mesmo, que a visão era uma só, nós no Brasil e, eles na velha terra, lágrimas e choro para aliviar a dor.
Nunca teria eu imaginado, que um dia, eu retornaria, fazendo a viagem de volta, que traria meu filho, Luca Franthesco Cristofolini, diante a esta gente, do mesmo sangue, com as mesmas raízes, do bisavô de minha esposa, Eunice Lucila Cristofolini, Emanoelle Agostini, que no mesmo dia 25 de julho de 1875, também de Fornace, que nas mesmas condições imigrou para o Brasil.
Todos os meus antecedentes, Cristofolini, Rocca Bruna, Lunelli, Fronza, Lorenzi, Schiocchet, Zampieri, Oberziner, Sanson e, de minha esposa, Agostini, Cristofolini, Tamanini, Giovanella, Alegri, Bertoldi, Giacomozzi, Nicolodelli.
Com certeza, na alma está escondido o que a gente na sabe dizer, porque quando eu vejo estas montanhas, as neves, sinto o cheiro das àrvores, sinto uma paz, jamais experimentada, uma alegria que me comove.
Sempre dizia aos meus tios no Brasil, que Túlio Cristofolini, em Fornace, Itália, e que Octavio Cristofolini, em Santa Catarina no Brasil, tem a mesma fisionomia, também a mesma forma de agir, e de proceder, Guido Cristofolini, de Fornace, preciso como o tio Olivo Cristofolini no Brasil, também precisa de dois metros quadrados para falar com as mãos.
Rodeio SC, se instalou a família Cristofolini, e Rio dos Cedros a família Agostini, se misturou a cultura local, e brasileira, porem na alma, existe radicada ,escondida, com demonstração de respeito e saudades, pela velha terra, uma paixão.
Quero neste momento fazer uma referência, recordar, os três trentinos, que em maio de 2009, no fato muito triste, que foi a queda da aeronave 447, da Airfrance e, prematuramente nos deixaram.
Era muito conhecido e, recordo em particular, Giovanni Batista Lenzi -deputado estadual, da província de Trento, sempre disponível em atender, os trentinos, em qualquer parte do Brasil, digo isto, porque fez por mim também.
Rino Zandonai, um verdadeiro missionário de nossa gente, homem que na sua atividade, fazia seu trabalho com vocação.
E fez com que todos os trentinos no mundo, se sentissem irmãos de sangue, de uma forma especial, abraçando a todos, com muito afeto, na causa Trentina.
Milagroso e multiplicador, vestiu as sandálias da humildade, respeito e calor humano.
Devo fazer referência, como um dos maiores trentinos de todos os tempos para os imigrantes.
Nesta mistura de culturas, quero dizer que, trentinos e italianos, são iguais como caráter, trabalho e procedimentos em qualquer parte do mundo.
Esta gente forte, foi decisiva para a ascendência econômica do Brasil, hoje somos uma nação de 42 milhões de descendentes no setor agrícola, representam mais de 39% econômica de produção e, nos outros setores, totalizando 27% do crescimento da nação brasileira.
Neste momento, quero dizer que temos, em nosso meio, dois cidadãos paraguaios, Romildo kuschel, de origem alemã, e nascido na Argentina, grande produtor de soja, milho e gado, residente no Paraguai.
Neuri Mascarello, de origem italiana, Veneto, residente no Paraguai.
Devo dizer que a Argentina, Paraguai, Uruguai, nesta América do Sul, é uma forca agrícola jamais vista, através desta nossa gente.Partimos, levando conosco, a paixão pela família, trabalho, escola e igreja.
A palavra, trabalho, e respeito, e acima de tudo, nós trentinos, gente de montanha, de palavra, valores e honra.
Agradeço a Deus, porque estamos aqui, com a intenção de continuar com a nossa missão.
Obrigado a todos pela atenção.
Obrigado prefeito Pierinno Caresia, pela organização, toda sua equipe, e ao elenco teatral, VIAGEM SÓ DE IDA.
Amanhã, partiremos novamente, com o mesmo espírito, levaremos todos vocês em nossos corações, com muitas saudades. Assim são, as boas pessoas, trentinos e italianos, com raízes fortes, de alma nobre.
Muito obrigado.
Celso pronunciamento em italiano na Itália.
Celso Cristofolini
Figlio di immigrati Trentini e Italiani,…
questa storia inizio il giorno 25 di luglio 1875, l’ultima domenica Del mese, la mattina, siamo andati a partecipare, com tutte Le famiglie di fornace, all’ultima messa celebrata dal parroco Giovanni Manfredi nella chiesa di San Martino.
Era arivato Il momento di dire addio, mio nonno Cristofolini, non é mai piu ritornato, mai piu ritorno, in questo paese, terra tanto amata, insiemme Allá sua gente. Há raccontato storie, che la famiglia, e la gente, di questo paese, di montagna, é gente di parola, di famiglia, lavoratrice, di carattere e molto intelligente.
Questo mio nonno, un bel giorno, há detto di avere nostalgia, della gente, di queste montagna, ma non pensava, cosi tanto, di abbracciare, tutti, piangere insiemme, ai suoi, famigliari guardando al cielo, e alla luna, immaginando che, qualcuno dei suoi,a Fornace, parenti, amici, in quel momento, anche stessero guardando, Il cielo e la luna, che la visione, quello spettacollo, uno solo. Noi in brasile e loro in questo paese , nella veccia terra, preghiere e lacrime per alleviare il dolore.
Mai piu io avrei immaginato , Che un giorno sarei tornato, Che avrei portato qui mio figlio davanti a questa gente dello stesso sangue, con Le stesse radici, Del bis-bis nonno Emanoelle Agostini, anche natto in Fornace,bis nonno di mia Moglie, Eunice Lucila Cristofolini, Che nello stesso giorno 25-07-1875, nelle stesse condizione, imigratto al brasile.
Tutti i mei antenati, Cristofolini, Rocca Bruna, Lunelli, Fronza, Lorenzi, Schiocchet, Zampieri, Oberziner, Sanson e de mia moglie, Agostini, Cristofolini, Tananini, Giovanella, Alegri, Bertoldi ,Giacomozzi,
Nicolodelli, di sicuro c’e nell’ anima há , che non si pode dire, perche sento uma pace mai sperimentata…. Che quando vedo queste montagne, sento una gioia, una allegria che mi comove.
Sempre diceva ai miei zi in Brasile, che Il Túlio Cristofolini, qui a fornace e Octavio Cristofolini, di Santa Catarina Brasile, oltre ad avere la stessa fisionomia, anche stesso modo di agire e di fare, sono ugualli, i el Guido Cristofolini, preciso come Il zio Olivo Cristofolini, due metri in quadro , per parlare com le Manno.
Rodeio Sc, si é sitemata La familglia Cristofolini e a Rio dos Cedros La famiglia Agostini, anche se mescolata, Allá cultura brasiliana, nell anima, Cé radicata, nascosta, con dimostrazione di, rispetto e nostalgia per La vecchia terra, una grande passione.
Voglio in questo momento, fare un riferimento, ricordare, i tre trentini che a maggio del 2009, a causa della la cadutta della aeronave 447, Airfrnce, sono prematuramente scomparsi, e che erano molto conosciutti, ricordo in particulare, personalmente, Giovanni Batista Lenzi, , sempre disponibile ad atendere i Trentini in qualche parte Del Brasile , lo devo dire perche lo há fatto anche per me, poi Rino Zandonai, uno vero missionário della nostra gente, uomo che della sua ativitta, ne faceva uno lavoro con vocazione.
E há fotto che i Trentini di tutto Il mondo, se considerino um frattello d’sangue, in un modo particulare, abraciando con molto affetto, La causa trentina. Miracoloso e multiplicadore… há vestito Le scarpe Della umiltá, rispetto e calore uomano.
Dovrebre fare referimento a lui, come uno dei maggiori, trentini di tutti i tempi, gli imigrati. In questa mescolanza di culture, vogliamo sotolineare come siamo uguali, come carattere, lavoro, questa gente forte, Trentini e di tutta Italia, e che e’stata decisiva per La crescita, del Brasile, oggi é una nazione con 42 miglioni di discendenti Italiani, e Trentini … che nel settore agrícola representano piu del 39% della forza econômica. Nei remanente setori, representando Il 27%, de tutto el sveluppo della nacione Brasiliana .
In questo momento abbiamo due cittadini, Del Paraguai Romildo Kuschel origine Tedesca, natto in Argentina, grosso produttore de soia, mais e muche.
Neuri Mascarello di origine Italiana, Veneta.
Devo dire che Argentina, Paraguai, Uruguai, in questa America Del Sud, é una forza incredibille, di questa nostra gente.
Siamo partiti, portando con noi la passioni, per la famiglia, scuola, chiesa.la parola, lavoro, Il rispetto, e sopratutto, noi Trentini, gente di montagna, di parola, di valore e di onore.
Ringrazio Dio, perche siamo qui con l’intenzione, di continuare La nostra, misionne.
Grazie a tutti per La atenzione.
Grazie al sindaco Pierinno Caresia, e tutto Il suo equipo, Grazie al elenco teatrale de ,
DEL VIAGIO SOLLO DE INDATTA
Domanni partiremo ancora, con lo stesso
Spirito, portaremo tutti voi, Nei nostri cuori e com molta nostalgia.
Cosi sono, le buone persone, Trentini e gli Italiani, con una radice forte, di nobilta d’anima.
…. grazie mille…