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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Doença de Parkinson: conhecendo os sinais

Data:

Saúde
Doença de Parkinson: conhecendo os sinais

Foto: FREEPIK

“Doutora eu tremo, será que eu tenho Parkinson? Essa é uma pergunta muito frequente no consultório neurológico. É comum as pessoas temerem a doença de Parkinson. Mas será que você sabe mesmo quais os principais sintomas que sinalizam essa doença? Saiba que o Parkinson não se manifesta somente por tremores, aliás, há subtipos dessa doença em que o tremor está ausente”. Com essas colocações a médica, especialista em neurologia, TaimaraZimath (CRM/SC: 21.497 RQE: 18.708) fala sobre a doença de Parkinson.
Segundo a especialista “o Parkinson é uma condição em que a sua maioria de casos vai manifestar tremor como principal sintoma. Esse tremor ocorre inicialmente quando o paciente está em repouso, parado – como no momento em que ele está assistindo televisão e tipicamente inicia em um dos lados do corpo. Mas, além de haver tremor o paciente precisa apresentar outras alterações na avaliação neurológica para podermos definir a doença de Parkinson. É necessário apresentar algum grau de instabilidade / desequilíbrio ao caminhar ou então apresentar uma lentidão progressiva dos movimentos – o que inúmeras vezes é confundido pelos familiares como situação própria do envelhecimento! Ou então apresentar rigidez que também é comumente confundido com o processo de envelhecimento”.
De acordo com Taimara “muito importante lembrar-se das formas da doença que não apresentam tremor, pois essa situação é mais difícil de ser identificada pela população geral e também por colegas clínicos gerais. A forma rígido-acinética da doença de Parkinson – o próprio nome já sugere, apresenta aumento significativo da rigidez apresentada pelos pacientes. Muitas vezes o primeiro sinal da condição é sinalizado por dores nos ombros devido à perda do balançar dos braços durante a caminhada. É típico também uma postura de tronco fletida havendo uma inclinação de todo o tronco e da cervical ao deambular. Os passos tornam-se pequenos e o paciente geralmente apresenta dificuldade para levantar-se de uma cadeira e para virar-se na cama”.

A médica observa que “pacientes com doença de Parkinson costumam iniciar sintomas após os 55 anos, havendo formas mais precoces que se relacionam a subtipos genéticos da doença. O que me faz lembrar da segunda pergunta mais frequente do meu consultório associado a essa temática: doutora, meu pai tem 70 anos e tem Parkinson eu também irei ter? A resposta é simples: A doença que inicia após os 55 anos tem pouca relação genética, sendo considerada manifestação esporádica”.
Taimara afirma que “a doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa, isto significa dizer que ela afeta os neurônios de uma região do cérebro (produtora de dopamina e que comanda a coordenação dos movimentos) e até o momento, não há um tratamento curativo para essa condição! Apesar disso, há hoje inúmeras alternativas medicamentosas que possibilitam ao paciente ficar com os sintomas controlados e ter qualidade de vida”.
Portanto, observa a médica “se você leu esse texto e identificou algum sinal desses em seu familiar procure por uma avaliação especializada. Identificar a doença precocemente nos faz ganhar tempo e aumentar o leque de possibilidades terapêuticas para que ele possa viver melhor”.

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