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segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Projeto Sorriso: 10 meses de superação

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Projeto Sorriso: 10 meses de superação
Volnir Garcia afirma que os integrantes do Projeto fazem um balanço positivo das ações desenvol …

Clarice Graupe Daronco/JMV

Foto: FOTOS/DIVULGAÇÃO

Clarice Graupe Daronco / JMV

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TIMBÓ – Quando se está internado em um hospital, tudo o que a pessoa mais deseja na vida é sair de lá o quanto antes. Todos sabem que o ambiente hospitalar, por mais aconchegante e humanizado que seja, com o apoio e atenção da equipe de profissionais, nem sempre é alegre e inspirador. Dependendo do tratamento e do paciente, o local pode trazer, inevitavelmente, uma certa tristeza e ansiedade. Por isso um grupo de “médicos malucos” acreditam ser necessário levar um pouco de alegria e leveza a este ambiente.

Segundo o coordenador do Projeto “Sorriso”, Volnir Garcia, ou melhor “Doutor Amnésia”, em um hospital, o palhaço tem a capacidade de abrir um novo mundo e até mesmo de desconstruir hierarquias. O Projeto está há 10 meses dentro do Hospital e Maternidade Oase e também do Ancionato Elze Benz, e os integrantes do mesmo já podem fazer um breve balanço das atividades desenvolvidas.

Em entrevista, Garcia afirma que completando em julho 10 meses de trabalho em Timbó o Projeto Sorriso faz um balanço muito positivo de suas atividades. Segundo ele, só no Hospital e Maternidade Oase já visitaram nesse período aproximadamente 5.000 pacientes, fora acompanhantes, visitantes, e colaboradores do Hospital, pessoas que recebem um pouco da alegria, amor e sorrisos no intuito de ajudar no tratamento amenizando o sofrimento e a dor. “Temos um lema que é a frase de Patch Adams: comprimidos aliviam a dor, mas só o amor alivia o sofrimento”.

Garcia destaca que o Projeto Sorriso conta hoje com aproximadamente 100 voluntários, sendo que no Núcleo de Timbó são nove voluntários atuando. “No mês de junho iniciamos as atividades também com um novo Núcleo em Ibirama no Hospital Doutor Waldomiro Colautti. Atualmente são quatro Núcleos atuantes do Projeto Sorriso: Blumenau, Pomerode, Timbó e Ibirama”.

Ele observa que os coordenadores e voluntários estão muito satisfeitos com o trabalho desenvolvido em Timbó e pela excelente aceitação dos pacientes, acompanhantes, colaboradores e de toda sociedade em geral. “Empolgados com o resultado obtido nesse período, o Projeto Sorriso pretende aumentar seu quadro de voluntários e expandir seu trabalhos na cidade e região abrindo novas vagas para o Núcleo de Timbó”.

De acordo com Garcia está sendo divulgado um cronograma e planejamento para o processo de adesão de novos voluntários, sendo que as inscrições podem ser efetuadas de julho a setembro, através do WhatsApp (47) 9.9730-6670, com Garcia ou através do e-mail: [email protected], ou na página no Facebook. “Dentro do planejamento no mês de outubro serão realizadas as entrevistas e aprovação de perfil necessário. Já de novembro a dezembro serão realizadas as visitas de iniciação com os aprovados (3X), com acompanhamento de veteranos”.

Garcia informa ainda que em 2019 serão desenvolvidas as seguintes etapas: em janeiro – início de desenvolvimento e criação do Clown (personagem), caracterizações, maquiagem; em fevereiro será realizada oficina e treinamento, em Blumenau e no mês de março, dar-se-à o início efetivamente do trabalho voluntário com visitas.

Para os integrantes do Projeto Sorriso, sorrir é uma arte. E ninguém duvida que o efeito dos sorrisos e muita alegria pode transformar o dia de qualquer pessoa.

Eles afirmam não ser fácil ser voluntário. “A coordenadora do Projeto Sorriso de Pomerode, Tânia Luize Weh, afirma que para ser voluntário é preciso ter um ‘q’ a mais, uma compreensão, uma visão, uma interpretação, um coração a mais. Entender que o que faz não é para si, mas que muitas pessoas podem estar precisando de seu auxílio, quando realizamos as oficinas para os novos voluntários, a coordenadora de Pomerode explica que mesmo o voluntário sendo veterano no projeto, muitas coisas novas se descobrem e redescobrem”.

“Segundo Tânia o voluntário leva a alegria de um modo diferente, usa o que tem ao seu alcance naquele momento. O soro vira água de coco, o hospital torna-se um hotel ou SPA, brinca-se com todos que estão naquele ambiente, seja paciente, acompanhante, visitante. Tudo voltado com o intuito de conseguir o sorriso das pessoas. E para isso, é preciso muito treino, aprendizado, discernimento, estudo de seu personagem que é algo muito pessoal e respeito pelas pessoas acima de qualquer coisa”, relata Garcia.

Garcia observa que de acordo com a coordenadora, é durante os treinamentos que os novos voluntários descobrem também a personagem e a constroem. “Tânia sempre nos diz que o voluntário precisa se apaixonar pelo seu clown. O treinamento forma os voluntários em Doutores da Alegria e as personagens, em sua maioria, são conhecidas por doutor e doutora. Não usamos roupas de palhaços e sim, jalecos brancos com a logo do Projeto Sorriso para nossa identificação”.

Para participar do Projeto Sorriso, é necessário que o voluntário tenha a disponibilidade e comprometimento de pelo menos duas horas semanais, além de participar de pelo menos uma formação por ano, mas de preferência nos dois encontros, bem como em pelo menos um encontro para trocas de experiências. “Porque ser palhaço é coisa séria. Ser um clown é ter muita vontade de fazer as pessoas sorrirem com paz e amor no coração. Nosso pagamento é ver a alegria estampada no rosto das pessoas e quando encontramos isso nos olhos é um prêmio incomparável”.

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