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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Rua Minas Gerais está cheia de buracos.

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Rua Minas Gerais está cheia de buracos.
PAVIMENTAÇÃO: Desde que a obra foi concluída tem apresentado problemas e vários remendos já for …

Thomas Erbacher

LILIANI BENTO/JMV

INDAIAL ? Há cinco anos, a comunidade padece com o que era para ser uma solução e se transformou em um problema longe de ser solucionado. Trata-se da pavimentação da rua Minas Gerais, no bairro dos Estados, que, a princípio, iria facilitar a vida dos que por ali transitam. Mas, desde sua finalização, o asfalto apresenta problemas e buracos se abrem, a cada mês, a cada ano, em pontos diferentes dos três quilômetros de via asfaltada.

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Vários remendos já foram feitos pela Paviplan Pavimentação Ltda, de Jaraguá do Sul, empresa responsável pela obra. Segundo a procuradora do município, Elke Carla Fischer Kleitzke, a empresa não foi vencedora da licitação, mas sim, ganhou a obra por força de mandado de segurança.

Os últimos consertos efetuados pela empresa foram em abril deste ano e, na época, o secretário de Obras, Fabiano dos Santos, disse que somente decorridos seis meses da obra é que daria o aval sobre a empresa para a Justiça. Em abril, a empresa executou os reparos, porque foi obrigada pela Justiça. Ontem, o secretário de Obras reafirmou que não irá dar o aval sobre a empresa para a Justiça. Coincidentemente, os seis meses estão vencendo agora e já há novos buracos na via. A reportagem do Jornal do Médio Vale tentou contato com a Paviplan, mas não foi atendida.

A pavimentação da rua Minas Gerais, em 2002, foi uma das obras mais caras do município. Para se ter uma idéia, se a obra fosse executada atualmente, custaria cerca de R$ 3 milhões. Em abril, em entrevista ao jornal, o secretário de Obras afirmou que se o trabalho da Paviplan não seguisse os padrões de qualidade exigidos pela Prefeitura, o órgão público poderia torná-la inelegível para participar de novas concorrências.

O engenheiro civil e consultor técnico da Secretaria de Planejamento e Obras, André Luiz Goll da Silva, diz que o processo judicial está correndo há muito tempo. ?Mesmo com a Prefeitura tentando diversos acordos para que o problema fosse resolvido, não retiramos o processo?, afirma. De acordo com Silva, enquanto a pendenga judiciária não for resolvida, a Prefeitura irá fazer manutenções na rua Minas Gerais.

Asfalto cede na rua Manoel Simão

Outro problema de pavimentação está causando transtornos à comunidade indaialense. Em um trecho recém asfaltado da rua Manoel Simão, saída da cidade em direção a BR-470, o asfalto cedeu em um ponto onde foram efetuadas obras de tubulação. A responsabilidade pelo asfalto é da empresa Momento Engenharia, de Blumenau, e as obras de drenagem da Prefeitura de Indaial.

O engenheiro civil e consultor técnico da Secretaria de Planejamento e Obras, André Luiz Goll da Silva, explica que as chuvas intensas dos últimos dias colaboraram para que o trecho apresentasse problemas. No entanto, está sendo feita uma análise mais detalhada para identificar quais foram os motivos para isto acontecer. ?Não sabemos se foi somente a chuva ou se há infiltrações?, diz. No trecho prejudicado, o asfalto será feito novamente. Por enquanto, há cavaletes sinalizando o local do problema e o trânsito está em meia pista.

A ordem de serviço para o asfaltamento da rua foi assinada em setembro e a previsão de que a obra fique pronta é novembro. De acordo com Silva, a princípio, este pequeno problema não irá interferir no cronograma inicial. No entanto, ainda é uma incógnita o que pode acontecer durante a detonação de uma rocha, próximo ao local onde ficava a associação da AABB e da travessa que liga a Pizzaria Chef do Sabor. ?Esta ação é necessária para dar continuidade às obras de esgoto. Nunca sabemos o que pode ocorrer, por isso, talvez possa demorar um pouco mais?, explica.

Paviplan tem dez dias para se manifestar

No Tribunal de Justiça, 2ª Vara Cível, está o processo 03107000377-8, no qual a Prefeitura de Indaial requer que a Paviplan execute as obras de recuperação dos trechos com problemas. O processo, com data de 30 de janeiro de 2007, teve sua última movimentação no dia 17 de outubro, sexta-feira passada, quando foi certificada a publicação da relação de edital (0044/2008) no Diário Oficial, em que a empresa Paviplan foi intimada a, no prazo de dez dias, manifestar-se sobre a impugnação aos embargos. Estes embargos referem-se a ocasiões em que a Justiça determinou que a Paviplan fizesse reparos e a empresa entrou com recursos.

Independente do trâmite no Judiciário, o diretor de Obras, Carlinho César Januário, conta que, recentemente, encomendou laudos técnicos a duas empresas de engenharia diferentes sobre a situação da rua Minas Gerais. Na sua opinião, está clara a falta de cuidados ao realizar a obra. ?Não tem respiradouro, o terreno é úmido e o tráfego intenso. Com isso o asfalto começa a trabalhar e dá problemas?, enfatiza.

De acordo com Carlinho, a solução seria a obra ser totalmente refeita, com os devidos cuidados, para evitar o remendo. ?Caso contrário, o asfalto da rua Minas Gerais estará sempre sendo remendado. Esta solução deveria ser apenas paliativa?, diz. Existe a possibilidade de a Prefeitura pedir juridicamente que a empresa refaça todo o asfalto. Porém, para isso, a procuradora do município revela que é necessário juntar laudos, fotos, entre outros documentos e fazer uma avaliação sobre qual o melhor procedimento, visto que já há uma ação tramitando.

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