Saúde promove reunião visando deflagrar guerra ao Aedes aegypti
Ministério da Saúde confirma caso de Zika vírus, causador da Microcefalia em bebês …
Clarice Graupe Daronco / JMV [email protected]
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TIMBÓ – A confirmação de um caso de Zika vírus, em Gaspar, acendeu a luz vermelha na Saúde do Estado. Hoje, dia 8 de dezembro, às 10h, no Golden Executive Hotel, em São José, acontece uma reunião organizada pela Secretaria de Estado da Saúde, visando uma grande mobilização envolvendo prefeitos, secretários de Estado, secretários municipais e gerentes regionais da Saúde, entre outras autoridades municipais, estaduais e federais. Segundo informações da gerente da Gerência Regional da Saúde da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Timbó, Arrabel Antonieta Lenzi Murara, o objetivo da reunião é o de deflagrar uma guerra ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da Dengue, das febres Zika vírus, causador da Microcefalia, e Chikungunya. “Na ocasião, será anunciada uma série de medidas, bem como serão repassadas ações de controle vetoriais e informado o fluxo de atendimento para Microcefalia que serão adotadas pelo governo em todo o Estado de Santa Catarina”, observa ela.
A luz vermelha da Saúde foi acessa na semana passada quando o Ministério da Saúde confirmou o registro de um caso de Zika vírus em Gaspar. A informação foi repassada pela Superintendência de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, cuja constatação foi baseada em dados clínicos referentes a uma pessoa do município que viajou ao Pará em junho deste ano. O paciente já recebeu o tratamento adequado. Além disso, há outra pessoa suspeita de caso de Dengue na cidade.
Arrabel informa que o Zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da Dengue. O Zika vírus não é contagioso. A única forma de pegar a doença é sendo picado pelo mosquito. Os sintomas do Zika vírus são semelhantes aos da dengue, porém, são mais leves e desaparecem entre quatro e sete dias, por isso, é importante ir ao médico para confirmar se realmente está com a doença.
ATENÇÃO
A GESTANTES
A maior preocupação sobre o Zika vírus se dá pela possível relação entre a doença em gestantes e casos de Microcefalia registrados no país ao longo deste ano. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), já confirmaram que a infecção causada por este microorganismo está mesmo relacionada aos casos de Microcefalia e também a outras síndromes neurológicas. Por enquanto, foram notificados 1.248 casos de microcefalia pelo país.
Segundo a gerente da Saúde, ainda não há vacina contra o Zica. Por isso, mulheres grávidas e não grávidas podem se proteger do mosquito utilizando roupas para proteger a pele, evitando a picada e aplicando repelente nas áreas que ficam expostas. Roupas claras ofuscam a presença do mosquito, por brilharem muito, e favorecem a visualização do inseto. No entanto, a melhor prevenção contra o Zika vírus ainda é combater os focos do mosquito, evitando qualquer acúmulo de água parada nos terrenos e na vizinhança.
A reunião, que acontece em São José, terá a presença de todos os 295 prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais da Saúde, especialmente das 57 cidades consideradas de maior risco para as doenças. Também foram convidados representantes dos ministérios Públicos Estadual e Federal, entidades médicas e de enfermagem, polícias rodoviárias, secretários de Estado, diretores de hospitais que estarão ligados à rede de atendimento, além de todos os secretários regionais e gerentes regionais de Saúde.
Em nota o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, afirmou que: “é preciso mobilizar o Estado e passar isso a toda a população para que possamos enfrentar com força o mosquito da Dengue e do Zika vírus”.
PLANO DE
ENFRENTA-
MENTO À
MICROCEFALIA
No dia 5 de dezembro, no Recife, o Governo Federal lançou o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. Trata-se de uma grande mobilização nacional envolvendo diferentes ministérios e órgãos do governo federal, em parceria com estados e municípios, para conter novos casos de Microcefalia relacionados ao vírus Zika. O Plano é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades.
O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais serão colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito. O combate ao mosquito Aedes aegypti é fundamental para o controle do surto de Microcefalia que está ocorrendo no país.
Para reforçar a orientação à população sobre o combate ao mosquito nas residências, serão realizadas mobilizações com Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Combate a Endemias, além da participação da população. Para esse controle do vetor, o Governo Federal vai adquirir e disponibilizar equipamentos para aplicação de inseticidas e larvicidas e garantir a compra dos insumos. As Forças Armadas e a Defesa Civil vão dar apoio logístico para transporte e distribuição de inseticidas e de profissionais de Saúde. Os dois órgãos também vão atuar em visitas a residências para eliminação e controle do vetor, além de mobilizações de prevenção como mutirões.
O Ministério da Saúde lançou, recentemente, a campanha nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, que chama a atenção para a importância da limpeza para eliminação dos focos do mosquito da Dengue. A campanha tem como slogan “Sábado da faxina. Não dê folga para o mosquito da Dengue”. Também haverá campanha informativa para gestantes e mulheres em idade fértil, página na internet e aplicativo de celular com informações sobre Microcefalia e vírus Zika.
