Indaial é destaque na luta contra mortalidade infantil
GESTAÇÃO: Município apresenta índice de 8,07 óbitos para cada mil nascidos vivos, enquanto que …
Thomas Erbacher
CLARICE DARONCO/JMV
INDAIAL – O Fundo das Nações Unidas para a Infância ? Unicef divulgou no dia 15, na África do Sul, o relatório ?Situação Mundial da Infância 2009 ? Saúde Materna e Neonatal?, que traz dados a respeito da mortalidade infantil e materna. Nele, o Brasil pulou do 113º para o 107º lugar, o que equivale a uma taxa de 22 bebês mortos para cada mil nascidos vivos. Em Indaial o índice é bem menor: 8,07 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos em 2007.
Para garantir este bom desempenho, a Vigilância Epidemiológica de Indaial elabora e analisa os indicadores de mortalidade, nos quais se destacam mortalidade proporcional por faixa etária e por grupos de causas segundo o Código Internacional de Doenças – CID10, mortalidade infantil e mortalidade materna. Segundo o técnico de enfermagem do Setor de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Indaial, Edson Calson, os óbitos ocorridos no município são monitorados através do recolhimento das declarações de óbitos, processamento, análise e codificação.
Calson explica que mais de 50% das mortes são em decorrência de má formação congênita. ?Não necessariamente má formação direta?, observa. As demais mortes ocorrem por falta da realização do pré-natal pela gestante, que não busca o acompanhamento já no início da gravidez. ?Muitas vezes, a gestante procura o médico na hora do nascimento da criança, evitando que haja uma avaliação da gestação e um acompanhamento do desenvolvimento do feto?, destaca.
Assim, é absolutamente importante que as gestantes façam um bom pré-natal no serviço de saúde mais próximo do seu local de trabalho ou moradia, comparecendo fielmente aos atendimentos, realizando os exames solicitados, tomando os remédios receitados e adotando as orientações educativas, garantindo, assim, o efetivo acompanhamento de sua gravidez.
Um detalhe importante, para evitar o aumento do índice de mortalidade infantil, é a adoção do aleitamento materno, pois melhora o estado nutricional, impede o surgimento de diarréias ? além disso, fornece imunidade e propicia uma troca intensiva de amor entre a mãe e a criança.
Confira alguns dados do Relatório:
– A cada ano, mais de meio milhão de mulheres morrem devido a complicações no parto, incluindo cerca de 70 mil meninas e mulheres jovens, entre 15 e 19 anos;
– Uma criança nascida em um país em desenvolvimento tem quase 14 vezes mais chances de morrer durante o primeiro mês de vida do que uma criança nascida em um país desenvolvido;
– Desde 1990, as complicações relacionadas à gravidez e ao parto já mataram cerca de 10 milhões de mulheres;
– Aproximadamente 99% das mortes do mundo causadas por complicações na gravidez ocorrem nos países em desenvolvimento, nos quais ter um filho ainda é um dos mais graves riscos à saúde para mulheres. A maioria ocorre na África e na Ásia;
– Os dez países com o maior risco de morte maternal durante a vida toda são Níger, Afeganistão, Serra Leoa, Chade, Angola, Libéria, Somália, República Democrática do Congo, Guiné-Bissau e Mali.
– Nos países menos desenvolvidos, uma mulher tem 300 vezes mais risco de morrer no parto do que nas nações mais ricas;
– Em média, uma criança nascida num país rico tem 14 vezes mais chance de sobreviver aos primeiros 28 dias de vida do que uma nascida em país pobre.