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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Verão aumenta a preocupação com casos de Dengue no estado

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Verão aumenta a preocupação com casos de Dengue no estado
Em Timbó, a Vigilância Sanitária está atenta e diariamente realiza a vistoria de armadilhas e do …

Clarice Graupe Daronco / JMV

 

TIMBÓ – Com a chegada do Verão, cresce a preocupação com a Dengue e Febre do Chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A proliferação do mosquito aumenta nesta época do ano por diversos motivos, dentre os quais destacam-se a maior ocorrência de chuvas associada ao calor intenso, a presença de recipientes para armazenamento de água e o descarte de lixo de forma inadequada. Os profissionais da Vigilância Sanitária de Timbó informam que o mosquito Aedes Aegypt se reproduz em poças de água parada: ele coloca seus ovos e, após algumas semanas, as larvas começam a aparecer. Nos meses mais quentes, em que as chuvas são abundantes, os cuidados devem ser redobrados.
Por essa razão, a Vigilância Sanitária de Timbó está atenta e diariamente realiza a vistoria de armadilhas e dos locais mais propícios à criação do mosquito Aedes aegypti. As larvas encontradas nesses ambientes são encaminhadas ao Lacen para análise. No segundo semestre do ano passado, dois focos do mosquito foram encontrados no município, mas sem a proliferação da doença. 
 De acordo com informações da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) no período de 1 a 14 de janeiro de 2017 foram notificados 182 casos suspeitos de Dengue em Santa Catarina. Desses, 54 (30%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para Dengue e 128 (70%) casos suspeitos estão em investigação. Os casos foram notificados nos municípios de: Agronômica, Anchieta, Araranguá, Balneário Camboriú, Bandeirante, Biguaçu, Blumenau, Bombinhas, Brusque, Caçador, Camboriú, Campo Erê, Canelinha, Canoinhas, Chapecó, Cocal do Sul, Coronel Freitas, Florianópolis, Galvão, Garuva, Guaraciaba, Guaramirim, Ibirama, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Mafra, Mondaí, Palhoça, Pinhalzinho, Pomerode, Rio Negrinho, São Bento do Sul, São Domingos, São José, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Ludgero, São Miguel do Oeste, Tijucas, Timbó, Timbó Grande, Tubarão, Vargem, Xanxerê e Xaxim. Em comparação ao boletim n° 2/2017 houve a inclusão dos municípios de Águas de Chapecó e Bandeirante.
Os profissionais da Dive observam que em Santa Catarina, no ano de 2017, o número de casos suspeitos de Dengue notificados (182 casos) está abaixo do registrado no mesmo período em 2016 (601 casos). Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti em 2017 foram identificados 385 focos, em 60 municípios. Neste mesmo período, em 2016, tinham sido identificados 481 focos em 56 municípios.

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O que é Dengue?

A Dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de Saúde Pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.

Sinais e sintomas
Normalmente, a primeira manifestação da Dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada  a dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Com a diminuição da febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente, com melhora do estado geral e retorno do apetite. No entanto, alguns pacientes podem evoluir para a forma grave da doença, caracterizada pelo aparecimento de sinais de alarme, que podem indicar o deterioramento clínico do paciente.

Quadros graves

Sangramentos de mucosas (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura são considerados sinais de alarme. Alguns pacientes podem, ainda, apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque ocorre quando um volume crítico de plasma (parte líquida do sangue) é perdido através do extravasamento nos vasos sanguíneos, e caracteriza-se por pulso rápido e fraco, diminuição da pressão de pulso, extremidades frias, demora no enchimento capilar, pele pegajosa e agitação. O choque é de curta duração e pode levar à recuperação rápida, após terapia apropriada, ou ao óbito, de 12 a 24 horas.
Qualquer pessoa pode desenvolver formas graves de Dengue, já na primeira infecção, apesar da maior frequência ser entre a segunda ou terceira infecção devido à resposta imune individual. No entanto, crianças, gestantes e idosos, além daqueles em situações especiais (portadores de hipertensão arterial, diabetes mellitus, asma brônquica, alergias, doenças hematológicas ou renais crônicas, doença grave do sistema cardiovascular, doença ácido-péptica ou doença autoimune), têm maior risco de apresentarem quadros graves de dengue. 

Atenção: Na presença de sinais de alarme, o paciente deve retornar imediatamente ao serviço de Saúde.
 Dicas importantes

– Não deixar água parada: Todo mundo já está cansado de ler em notícias, assistir nos jornais e ouvir isso em todos os lugares, mas é sempre importante lembrar. A água da chuva se acumula em diversos objetos, como garrafas, pneus, entre outros. Por isso, após a chuva, verifique se não há água acumulada em nenhum desses reservatórios e procure deixá-los sempre de cabeça para baixo;

– Areia nos vasos de plantas: Antes de colocar a água nos vasos, preencha-os com areia ou pó de café. Em seguida, pode colocar a água. A quantidade é suficiente para manter as plantas vivas. Assim, você evita que a água fique parada e se torne um depósito para os ovos do mosquito da dengue;

– Furos nos pneus velhos: Se você ainda utiliza o pneu velho para alguma coisa, então faça furos nele. Assim, quando chover, a água irá escorrer e evitar que o mosquito se reproduza. Já se você não usa o pneu, se desfaça dele o quanto antes;

– Caixa d’água: Mantenha-a sempre fechada e limpe com frequência utilizando produtos específicos para esse tipo de reservatório. A mesma regra se aplica a cisternas, poços e caçambas;

– Calhas: É importante dar uma atenção especial às calhas, procurando sempre remover folhas, galhos e outros objetos que impedem que a água escoe. O ideal é fazer a verificação em calhas, ralos e canos pelo menos uma vez por semana;

– Piscina: Outro local muito propício para a proliferação do mosquito da Dengue. Se você não está utilizando a piscina, deixe-a coberta com uma lona. A água desse reservatório deve ser tratada com cloro e produtos desinfetantes que impedem que o mosquito deixe seus ovos.

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