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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Analistas mantêm em 4,30% projeção para inflação oficial em 2009

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Analistas mantêm em 4,30% projeção para inflação oficial em 2009
A previsão de analistas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice de Preços ao C …

Cleiton Baumann

BRASÍLIA (Agência Brasil) – A previsão de analistas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano foi mantida em 4,30%. Para 2010, a estimativa foi alterada de 4,30% para 4,35%. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com base em projeções para os principais indicadores da economia.
As estimativas para o IPCA estão abaixo do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional de 4,5% para 2009 e 2010. A meta tem margem inferior de 2,5% e superior de 6,5%. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e o instrumento utilizado é a taxa básica de juros, a Selic. Na previsão dos analistas, o BC não deve mais alterar os juros básicos neste ano. A Selic está atualmente em 8,75% ao ano. Para o final de 2010, foi mantida a previsão de que a taxa básica será de 9,25% ao ano.
Os analistas do mercado financeiro também fazem projeções para os demais índices de inflação. No caso do Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), não foi alterada a estimativa de 4,21% para este ano. Para 2010, no entanto, a previsão foi ajustada de 4,50% para 4,45%.
Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa neste ano é de deflação. As estimativas de queda desses dois índices passaram de 0,67% para 0,26% e de 0,74% para 0,64%, respectivamente. Em 2010, os analistas mantiveram a projeção de inflação medida por esses dois índices em 4,5%.
A projeção para os preços administrados permaneceu em 4,20% em 2009 e em 3,5% em 2010. Os preços administrados referem-se aos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo, entre outros).

Desempenho da economia

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Os analistas esperam por um desempenho melhor da economia neste ano. A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de bens e serviços produzidos no país, passou de 0,16% para 0,15%. Há quatro semanas a projeção de retração era de 0,34%.
Na última sexta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 1,9 % no segundo trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve queda de 1,2%. A expectativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, é de que a economia brasileira cresça 1% em 2009. O BC revisa suas projeções para o PIB no Relatório Trimestral de Inflação, que será divulgado ao final deste mês.
Para os analistas do mercado financeiro, a economia deve se recuperar em 2010, com crescimento de 4%. Essa é a mesma previsão da semana passada. No que diz respeito à produção industrial neste ano, os analistas preveem retração de 7,28%, ante os 7,35% projetados anteriormente. Para 2010, a previsão de crescimento passou de 5,65% para 6%. Os analistas também alteraram a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB de 42,50% para 42,75% neste ano e de 40,95% para 41% em 2010.
A projeção para a cotação do dólar ao final deste ano passou de R$ 1,85 para R$ 1,81. Para 2010, não foi alterada a projeção de R$ 1,85. A previsão para o superavit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) neste ano subiu de US$ 24,3 bilhões para US$ 25 bilhões. Para 2010, a expectativa foi mantida em US$ 18 bilhões. Para o deficit em transações correntes (registro das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), os analistas ajustaram a estimativa de US$ 15,050 bilhões para US$ 15  bilhões. Em 2010, a expectativa para o resultado negativo passou de US$ 22,2 bilhões para US$ 22,8 bilhões.
A estimativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 25 bilhões neste ano e em US$ 30 bilhões, em 2010.

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