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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Muitas histórias: 80 anos de vida

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Muitas histórias: 80 anos de vida
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher a redação do JMV entrevista Elisabeth Germer …

Clarice Graupe Daronco / JMV

Foto: Arquivo Pessoal

TIMBÓ – Na data de 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher, homenagem que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. A data simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, marca a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.

Segundo a ONU, o Dia Internacional da Mulher não é um mero dia voltado simplesmente a homenagens triviais às mulheres. O 8 de março é um dia para reflexão a respeito de toda a desigualdade e a violência que as mulheres sofrem no Brasil e no mundo. É um momento para combater o silenciamento que existe e que normaliza a desigualdade e as violências sofridas pelas mulheres, além de ser um momento para repensar atitudes e tentar construir uma sociedade sem desigualdade e preconceito de gênero.

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Para marcar a data e reverenciar uma das colaboradoras mais antigas do Jornal do Médio Vale, a redação do JMV entrevista a colunista social e historiadora, Elisabeth Germer. Beti, como é conhecida, é natural de Timbó e tem várias paixões que iniciam com a fotografia, oportunidade em que registra momentos do aqui e agora, buscando ainda através de suas obras despertar na humanidade a concepção do belo, embutindo nelas o amor e o respeito à natureza que é mais uma das suas paixões.


Sua história 

Elisabeth Germer nasceu no dia 3 de março de 1940, na Mulde Central. Filha de Victor Germer e Clara Germer (nascida Westphal), ambos agricultores. É irmã de Adolfo, e Germano e Siegfried (in memoriam). Tem um filho, Sérgio Luiz Girardi (in memoriam) e uma nora que considera como filha, Rúbia Luiza Adam Girardi. Beti está casada há 17 anos com o advogado Walter Ramos Momm.

Em seus relatos, agora nos seus 80 anos de vida, Beti recorda que aos seis anos de idade já aprendera a falar e ler perfeitamente a língua alemã clássica, com seu avô paterno Freymund Germer, o qual incentivou o saber pelas coisas da vida, da natureza, da climatologia, da literatura, da cura de doenças em seres humanos, e, nos animais e, nas plantas, mas principalmente no entendimento da alma do ser humano.

Na sua vida profissional Beti destaca-se com seu trabalho voluntário às atividades de: enfermeira, veterinária, preparadora de defuntos, aconselhadora e mediadora. É artista-fotográfica e Membro da Associação Timboense de Artistas Plásticos.

Dentre outros atributos, também é poetisa, escritora, historiadora, ambientalista, colunista social filiada à Federação Brasileira de Colunistas Sociais, participante dos clubes de serviço: Lions Clube, Rotary Club de Timbó e Rotary Club Pérola do Vale, Casa da Amizade do Rotary e Grêmio das Domadoras do Lions. Também é membro da Federação das Apaes de Santa Catarina.

Beti conta que graduou-se como professora e atuou em diversas disciplinas, em vários colégios entre Indaial e Timbó, durante um período de 35 anos de profissão. No Instituto Goethe, em Curitiba, fez o Curso Superior de Língua Alemã e pela Faculdade Regional de Blumenau (Furb), colou grau superior de Bacharel em Educação Artística. Participou ainda de cursos de aperfeiçoamento como professora na Alemanha, na Itália e, na Hungria.


Elisabeth em um de seus momentos junto à natureza quando mais jovem

Paixões

Beti foi uma da principais incentivadoras e fundadora da Apae de Timbó. “Já são quase 40 anos dedicados ao desenvolvimento da instituição de educação especial”.

A timboense também tem uma paixão pela natureza, razão pela qual um dos seus hobbys é cuidar de plantas e flores. Beti é pós-graduada pela Universidade de Brasília em Educação Ambiental, oportunidade em que prestou serviços como coordenadora durante 13 anos no Departamento do Meio Ambiente da Prefeitura de Timbó, além de participar como membro do Instituto Ambiental Aracuã. “Ao longo de minha vida busco sempre cultivar meu amor pela fauna e pela flora, trabalhando para arborizar o município”.

Beti conta ainda que esteve envolvida com a cultura do município, oportunidade em que acompanhou e incentivou o Grupo de Bandoneons “Os Cinquentões”, de Timbó, a gravar o seu primeiro disco long play. Como cultivadora das tradições germânicas e italianas, criou o Grupo de Danças – Volkstanzgruppe Blauer Berg. Por um breve período também esteve à frente da coordenação do Museu do Imigrante de Timbó.

A timboense conta ainda que ama escrever poesias e muitas delas foram publicadas de forma esparsa em jornais da região. Como escritora, tem publicações na República Federal da Alemanha, uma obra escrita em língua alemã, e que se encontra arquivada no Arquivo Histórico de Hasselfeld (Baviera). “Tenho publicado como historiadora-ambientalista, textos e fotos em jornais locais”.

Beti também tem uma segunda paixão, a fotografia. “Além de participar da programação da Associação de Artistas Plásticos Timboenses, participei de vários concursos fotográficos, bem como de inúmeras exposições fotográficas promovidas pelo Samae, Caixa Econômica Federal, Furb, Uniasselvi de Indaial, Fameblu, de Blumenau, e, inclusive, tenho obras arquivadas na Espanha”.

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