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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Dengue: cuidados diários são fundamentais

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Dengue: cuidados diários são fundamentais
Profissional informa sobre as ações que a Vigilância Sanitária toma para evitar a proliferação …

Clarice Graupe Daronco / JMV

Foto: DIVULGAÇÃO

TIMBÓ – De acordo com o boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) no período de 29 de dezembro de 2019 a 28 de março de 2020, foram notificados 2.316 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 691 (30%) foram confirmados, 48 (2%) inconclusivos (classificação utilizada no SINAN para os casos que, após 60 dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada), 1.002 (43%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 575 (25%) estão sob investigação pelos municípios.

Do total de casos confirmados até o momento, 503 casos são autóctones (transmissão dentro do estado), 120 casos são importados (transmissão fora do estado), 47 casos são indeterminados pois não foi possível definir o LPI e 21 casos estão em investigação de LPI.

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Em Timbó, segundo informações da Vigilância Epidemiológico, este ano foram notificados quatro suspeitos e todas tiveram resultado negativo.

Em entrevista o coordenador de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do município, Carlos Bras Busarello, disse que está sendo realizado um trabalho constante contra a dengue no município. “O trabalho de combate e erradicação do mosquito Aedes aegypti está sendo realizado pelos Agentes de Saúde Pública sob a coordenação do Serviço de Vigilância Sanitária seguindo a rotina e atribuições estabelecidas pelo Ministério da Saúde”.

De acordo com Busarello, o agente visita a cada sete dias as armadilhas, que são depósitos com água estrategicamente colocados em localidades negativas para Aedes aegypti, com o objetivo de atrair as fêmeas do vetor para a postura dos ovos. “As armadilhas larvitrampas são depósitos geralmente feitos de pneus usados, dispostos em locais considerados porta de entrada do vetor adulto, e a cada 15 dias nos pontos estratégicos (PE), que são localidade onde há grande concentração de depósitos preferenciais para a desova do Aedes aegypti, ou seja, local classifIcado como de potencial de risco para entrada e disseminação do mosquito no município. São considerados pontos estratégicos os imóveis com grande concentração de depósitos preferenciais: cemitérios, borracharias, depósitos de sucata, depósitos de materiais de construção, garagens de transportadoras, entre outros”, explica o profissional.

Além das visitas, observa Busarello, os agentes orientam a população com relação aos meios de evitar a proliferação dos vetores e realizam nas visitas a eliminação de criadouros tendo como método de primeira escolha o controle mecânico (remoção, destruição, vedação, entre outros).


Quatro focos

Questionado sobre quantos focos foram encontrados em Timbó neste ano, o profissional informa que desde o começo do ano foram encontrados quatro focos positivos, segundo informações do Programa Vigilantos.

Sobre as armadilhas e sua funcionalidade, Busarello relata que o município conta com 154 armadilhas que são vistoriadas a cada sete dias e 50 pontos estratégicos visitados a cada 15 dias. “Quando o agente durante a visita se depara com larvas nas armadilhas, as mesmas são coletas e enviadas ao laboratório de entomologia de Blumenau para análise”.

O profissional também descreve sobre o que é feito quando se encontra um foco da dengue. “Quando o laboratório de entomologia detecta a presença de foco do Aedes aegypti, é realizada a Delimitação de Foco (DF), que consiste na visita e inspeção em 100% dos imóveis incluídos em um raio de 300 metros a partir do foco. Nesta inspeção é feita uma varredura dos possíveis locais de depósito de larvas e orientações aos proprietários do imóvel”.

Sobre os cuidados que as pessoas são orientadas a ter para evitar a proliferação da dengue na rua, bairro e cidade, Busarello afirma que: “diversas medidas de prevenção são adotadas, dentre elas destacam-se as orientações educativas (palestras, distribuição de folders orientativos, divulgação em mídias)”.


Recomendações para população

*Evitar usar pratos nos vasos de plantas ou colocar areia nas bordas;

*Guardar garrafas e objetos que possam armazenar água, sempre com a abertura virada para baixo;

*Mantenha os ralos vedados e desentupidos e as calhas para água, desentupidas;

*Retire a água acumulada na laje;

*Guarde os pneus secos em local coberto ou preencha-os com areia;

*Manter as lixeiras e as caixas d’água tampadas, bem como, as plantas como bromélias, que acumulam água, devem ser evitadas;

*Os potes de comida e de água dos animais devem ser lavados com escova, ao menos uma vez por semana e o acúmulo de lixo também deve ser evitado.

* Além disso, é importante tratar a água da piscina com cloro e limpá-la uma vez por semana.

Busarello lembra ainda que existe legislação estadual específica em Santa Catarina que obriga estabelecimentos residenciais e comerciais, públicos e privados, a adotarem medidas de controle para evitar a existência de criadouros para o Aedes aegypti. Trata-se da Lei Estadual 15.243/2010, alterada pelas Leis 16.871/2016 e 17.068/2017. É obrigatório realizar a cobertura e a proteção adequada de pneus novos, velhos, recauchutados, peças, sucatas, carcaças e garrafas, bem como de qualquer outro material que se encontre nos estabelecimentos, para que não fiquem expostos a céu aberto, evitando o acúmulo de água da chuva. “Realizamos ações corretivas junto a estabelecimentos que são considerados de risco e também contamos com o atendimento a denúncias em geral”. 

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