Comer fora de casa está mais caro
Alimentos servidos em bares e restaurantes registraram um aumento de 11,49% …
CLARICE GRAUPE DARONCO/JMV

TIMBÓ – Com a correria do dia a dia muita gente passou a comer fora de casa, pois fica cada vez mais difícil ter tempo para preparar as refeições em casa. O resultado disso é que muitos não sabem fazer escolhas saudáveis na rua e consome comidas ricas em gorduras e calorias, prejudicando a saúde. Outro fator contrário a essa prática, é que a mesma também está fazendo mal para o bolso dos consumidores do Vale do Itajaí. Segundo informações divulgadas pelos pesquisadores do Instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da Furb, a alimentação fora de casa registrou um aumento de 11,49%. Ou seja, observa o professor do IPS, Pedro Paulo Wilhelm, o aumento dos alimentos servidos na rua em bares ou restaurantes registrou a maior alta do mês de fevereiro.
O professor explica que no mês de fevereiro foi registrado nos municípios do Vale do Itajaí, uma variação de 0,58% no Índice de Variação Geral de Preços (IVGP), enquanto a variação acumulada nos últimos 12 meses situou-se no nível de 5,33%. “A variação do IVGP ficou dentro do intervalo esperado, pois a expectativa era uma variação entre mais 0,4% e mais 0,8%. Dos 580 itens pesquisados, organizados em 25 subgrupos, as variações apresentaram a seguinte distribuição: 11 subgrupos registraram alta, 10 permaneceram estáveis e quatro subgrupos variaram negativamente”, relata Wilhelm.
Nas altas do mês registradas pelo Instituto está, a alimentação fora do lar (+11,49%); manutenção de veículos (+3,32%); Serviços Públicos (+2,45); alimentos semi-industrializados (+1,66%); utensílios para o lar (1,23%) e eletrodomésticos (+0,78%).
O professor explica que também foram registradas baixas de destaque no mês. “Entre os produtos que tiveram quedas nos preços estão os panifícios (-0,85%); combustíveis/óleo/pneus (-0,45%) e medicamentos (-0,42%)”, anuncia ele.
Os pesquisadores do IPS da Furb explicam que a expectativa, relacionada a variação de preço para o próximo mês, é de que a mesma se mantenha dentro do intervalo, tendo um aumento de 0,3% a 0,7%.
Já em relação a Cesta Básica, Wilhelm ressalta que o custo total atual é de R$220,93, o que significou uma variação de menos 1,71% no mês de fevereiro, e nos últimos 12 meses a alta acumulada é de 5,04%. “Considerando o reajuste do valor do salário mínimo, que foi de 14,13% e se compararmos com o mesmo período do ano anterior, podemos verificar que a relação entre o custo da cesta com o valor do salário mínimo melhorou significativamente, pois esta relação era de 39,47% no ano passado e neste mês é de 35,52%”, analisa o professor.
De acordo com a pesquisa do Instituto, os principais alimentos que registraram variações no custo da cesta no mês foram: o arroz, que teve uma alta de 6,42%; o tomate, que teve uma queda de 9,39%; o preço do óleo de soja, baixou 6,83%; assim como o café moído ficou 6,69% mais barato; o açúcar 4,92% mais barato; a margarina teve uma queda de 4,35% e a banana ficou 2,32% mais barata.