Sinteve fecha acordo e reajuste é de 6,33%
Piso salarial da categoria sobre para R$830,00 …
Neila Daronco/JMV

TIMBÓ- O Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Tecelagem, Vestuário e Artefatos em Couro de Pomerode e os Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Tecelagem e Vestuário de Jaraguá do Sul, Timbó e Indaial, renovaram a Convenção Coletiva de Trabalho, no dia 21 de junho, sendo que o reajuste salarial alcançado é de 6,3%, retroativo ao mês de março de 2012, data base do setor.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Tecelagem e Vestuário de Timbó (Sinteve), Norival Hercílio Bona, afirmou que nos anos anteriores, o aumento real não chegada a um por cento e que neste ano, houve 1,33% de aumento real. “Foi uma negociação complicada, mas optamos por não levar a dissídio coletivo, tendo em vista que há uma demora e um desgaste maior quando isso acontece. Então, nos reunimos e fechamos esse acordo. Além disso, nosso pedido era de aumentar o salário mínimo e nossa proposta era de R$850. Fechamos em R$830, a partir de julho e isso também é uma conquista importante”, afirmou Bona. Após o acordo ficou definido que até o mês de junho o salário inicial é de R$692,80 e após 90 dias, R$750,54. E a partir de julho de 2012, será de R$ 725,00 iniciais e após 90 dias, será de R$830,00.
Em relação ao aviso prévio, o empregado terá direito a aplicação da cláusula da CCT, quando esta for mais benéfica do que a aplicabilidade da lei. As faltas serão justificadas no caso de falecimento de avôs, pelo período de dois dias e no caso de acompanhamento de filhos menores de 14 anos ao médico, o trabalhador terá 24 horas disponíveis para tal.
“O setor têxtil está estagnado e temos registrado uma rotatividade de pessoal muito grande. Nossa categoria deve ter cerca de 5 mil trabalhadores, mas no Sindicato, registramos de 180 a 200 rescisões de trabalho, todos os meses. Esses trabalhadores estão migrando em sua maioria, para o setor metalúrgico, que oferece um piso de R$891,00, sem contar demais benefícios específicos de cada atividade. Há casos que facilmente ultrapassa um mil reais. No setor têxtil isso é muito difícil acontecer e por isso mostramos essa situação aos empresários que também estão sentindo a falta de mão de obra”, comentou Bona.