Fisioterapia Neurofuncional
…
Clarice Graupe Daronco

“Atualmente têm-se estudado uma nova forma de atendimento fisioterapêutico para pacientes com alguma disfunção neurológica que consiste em atendimentos intensivos, com carga horária e frequência aumentadas que visam otimizar o tratamento fisioterapêutico, proporcionando resultados rápidos e duradouros”. As colocações são da fisioterapeuta, Karla Arantes, ao participar da live Chá com Geronto.
Na oportunidade a fisioterapeuta Fernanda Freitag conversou com sua colega Karla Arantes sobre a “Fisioterapia Neurofuncional e os novos rumos para a vida do adulto ao idoso”. “A fisioterapia tem evoluído cada vez mais e hoje em dia é essencial para a maioria das pessoas que buscam melhorar a sua capacidade motora. Nesse contexto, a evolução da tecnologia e a engenharia mecânica foram essenciais para diversos avanços na área. Um exemplo é a utilização de esteiras com suporte parcial de peso na terapia neurofuncional!”
Segundo Karla, a fisioterapia neurofuncional é a área que estuda, previne e trata de todas as disfunções causadas ao cérebro, tronco encefálico, medula espinhal, nervos periféricos e junções neuromusculares. “Através da fisioterapia neurofuncional pode-se oportunizar a realização de tratamento onde tem-se a possibilidade de utilizar diversos equipamentos como esteiras com a estrutura de suspenção, piscina adaptada, gaiolas de atividades, equipamentos da Keiser, BTL, entre outros. “Desta forma o atendimento passa a ser mais convidativo, saindo da rotina e podendo fazer um complemento ao tratamento já realizado, já que após quatro semanas o paciente pode retornar à clínica onde já realiza seu tratamento e assim fazer de tempos em tempos acompanhamento com o intensivo”.
A profissional explica que pacientes com diagnósticos como AVC, Parkinson, Traumatismo medular entre outros, podem ser beneficiados com este tratamento interdisciplinar com fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. “No caso das esteiras, este tipo de equipamento é utilizado para pacientes que estão tratando doenças como o AVC e hemiparesia, doença relacionada ao cérebro que prejudica a capacidade motora e equilíbrio. Além disso, pode ser também aplicada na recuperação da mobilidade de idosos”.
Karla observa que muitos estudos apresentam a eficácia de utilizar essa ferramenta e mostram que a maioria dos pacientes melhoram a sua mobilidade pós-tratamento.
Hemiparesia
A hemiparesia é uma complicação da movimentação relacionada a um determinado lado do corpo, podendo ser provocada por enfermidades como: AVC, tumores cerebrais, traumatismo crânio-encefálico, entre outros. Pacientes afetados pela hemiparesia tendem a apresentar avanços significativos tanto nas habilidades motoras, quanto no controle do próprio equilíbrio a partir do emprego de esteiras no tratamento fisioterápico.
Doença de Parkinson
O Mal de Parkinson é uma enfermidade crônica-degenerativa que afeta o sistema nervoso central, provocando tremores e prejudicando a movimentação da pessoa. Dessa forma, a fisioterapia e o uso de esteiras com suporte de peso se mostra fundamental no tratamento da mobilidade das pernas, contribuindo para a qualidade de vida dos pacientes em questão.