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terça-feira, 15 de outubro de 2024

Câncer de Mama: Cuidados e recuperação além do tratamento

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Outubro Rosa é o mês dedicado à conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, e sua chegada se aproxima. Nesta edição, destacaremos as mulheres que enfrentaram e venceram essa batalha, enfatizando que o cuidado não se encerra com o fim do tratamento. O acompanhamento contínuo e a atenção especial à saúde são fundamentais para garantir qualidade de vida e prevenir recidivas.

Mulheres que já enfrentaram o câncer de mama devem manter uma rotina de cuidados que inclui consultas regulares com o oncologista, exames de imagem, como mamografias e ultrassonografias, além de exames
físicos para monitorar possíveis alterações. A frequência e o tipo de acompanhamento podem variar conforme a
gravidade e o tipo de câncer, mas, em geral, recomenda-se ao menos uma visita anual ao médico.

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A fisioterapia desempenha um papel essencial na preservação, manutenção e recuperação das funções corporais durante e após o tratamento do câncer de mama. Tanto a doença quanto os tratamentos – como quimioterapia, radioterapia ou cirurgias – podem deixar sequelas e causar disfunções, e a fisioterapia é uma aliada importante na prevenção e reabilitação dessas condições.

Para falar sobre esse tema, a redação do Jornal do Médio Vale (JMV) entrevistou a fisioterapeuta Camile Moser, formada pela FAMEBLU em 2012, com especialização em fisioterapia uroginecológica e saúde da mulher. Ela ressalta que o acompanhamento fisioterapêutico deve começar o mais cedo possível e se estender tanto para pacientes hospitalizados quanto para aqueles atendidos em domicílio. Esse cuidado continua mesmo após o término do tratamento médico, até a recuperação completa e a retomada da independência nas atividades diárias.

Fisioterapeuta Camile Moser

Segundo a especialista, “em casos de pacientes submetidas à mastectomia, a fisioterapia atua em diferentes fases. No pré-operatório, auxilia na preparação do corpo para a cirurgia, o que pode reduzir o tempo de internação e acelerar o retorno às atividades diárias. No pós-operatório, o foco é a recuperação funcional,
prevenindo complicações como aderências e edemas, promovendo uma melhor qualidade de vida”.

Camile explica que uma das complicações mais comuns é o linfedema, um acúmulo de líquido nos braços
ou pernas após cirurgia ou radioterapia. Ela destaca a importância de medidas preventivas, como manter a
pele limpa, evitar queimaduras e infecções, além da prática de exercícios orientados por um fisioterapeuta.
O linfedema pode ser agudo, desaparecendo em alguns meses, ou crônico, desenvolvendo-se ao longo do tempo.

A fisioterapia oncológica utiliza técnicas como drenagem linfática manual, enfaixamento, exercícios físicos e respiratórios, além de alongamentos. “O alongamento ajuda a manter a elasticidade da pele e o fortalecimento dos músculos, aliviando tensões e proporcionando relaxamento”, explica Camile. Ela reforça que o cuidado físico deve ser complementado pelo suporte à saúde mental, com atenção aos sintomas de desânimo e tristeza que podem surgir durante o tratamento.

Camile também ressalta a importância do autocuidado, que começa pelo amor-próprio e pelo autoexame das mamas. “O autoexame mensal, a partir dos 21 anos, é fundamental para a identificação precoce de alterações nas mamas, aumentando as chances de um diagnóstico rápido e eficaz”, observa. Estatísticas mostram que, quando o câncer de mama é detectado precocemente, as chances de cura chegam a 95%. A fisioterapia, como parte de uma equipe multidisciplinar, promove a recuperação e a qualidade de vida, garantindo que corpo e mente estejam bem cuidados durante todo o processo de tratamento.

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