A Linguiça Blumenau – iguaria produzida na região do Vale do Itajaí – agora faz parte do seleto grupo de Indicações Geográficas (IGs) catarinenses. O selo aguardado desde 2019 foi entregue pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), mas o reconhecimento público ocorreu nesta semana, durante a realização da Oktoberfest, em Blumenau.
A cerimônia contou com a presença de autoridades do Sebrae/SC e da Associação das Indústrias Produtoras de Linguiça Blumenau (ALBLU) na Vila Germânica. O selo de IG garante que apenas empresas da região delimitada, que inclui os municípios de Blumenau, Gaspar, Pomerode, Timbó, Indaial, Presidente Getúlio, Lontras, Presidente Nereu, Rio do Sul, Aurora, Ituporanga e Imbuia, produzam o produto alimentício.
Santa Catarina tem outros produtos com o selo de IG, entre eles, a Uva Goethe, a Banana de Corupá, o Queijo Artesanal Serrano, o Vinho de Altitude, o Mel de Melato da Bracatinga, a Maçã Fuji de São Joaquim e a Erva-Mate do Planalto Norte Catarinense.
Conheça a origem da Linguiça Blumenau
Os imigrantes originalmente iniciaram a fabricação do produto no que hoje é o município de Pomerode, a 30 quilômetros de Blumenau, no final do século XIX. Os imigrantes alemães estabelecidos no local adaptaram suas receitas de sua região de origem e construíram, assim, a iguaria blumenauense.
A Linguiça Blumenau utiliza exclusivamente paleta, pernil e toucinho suínos em sua fabricação. O processo também inclui pelo menos dois dias dentro de defumadores abastecidos com carvão e serragem. Essa etapa é essencial para garantir as características únicas do produto artesanal.
Além do selo de Indicação Geográfica, o Governo de Estado de Santa Catarina também declarou a Linguiça Blumenau como patrimônio cultural e imaterial do estado a partir de junho de 2024.