A Prefeitura de Timbó realizou, na manhã desta quarta-feira, dia 5 de fevereiro, a prestação de contas do município, em uma coletiva de imprensa ocorrida no Centro Integrado de Cultura (CIC). O evento teve por objetivo esclarecer a situação herdada pelo governo, que terá que arrecadar o montante de R$ 3,4 milhões para concluir obras licitadas e cujo os valores não se encontram em caixa.
Na oportunidade, foi apresentado o fechamento de caixa de 2024, com informações sobre superávit, emendas parlamentares e diretrizes financeiras para 2025.
Estiveram presentes o prefeito Flávio Buzzi, o vice-prefeito Rangel Bonatti, o secretário da Fazenda e Administração João Luiz Merini Moser, secretários municipais, vereadores, membros de entidades locais, entre outros.
Conforme apresentado por Merini, a Prefeitura conta com um superávit livre de R$ 2,9 milhões, que refere à aplicação de recursos financeiros que não estão comprometidos com pagamentos futuros. E outros R$ 4 milhões de superávit vinculado, que possui destinação específica e não pode ser repassado a outras finalidades. Os números são relacionados ao Gabinete, Administração, Planejamento, Obras e à Procuradoria.
Somente em obras licitadas sem emissão de ordem de serviço, ou seja, para as quais não há valor em caixa para sua continuidade, o montante ultrapassa os R$ 5,2 milhões.
Este é o caso das obras de drenagem pluvial da bacia da rua Áustria, no valor de mais de R$ 1,9 milhão. O montante de R$ 1,5 milhão já foi empenhado anteriormente em 2024. Os outros R$ 329 mil sairão do orçamento de 2025. A mesma situação ocorre em outras obras importantes.
O prefeito Flávio Buzzi explica os desafios financeiros no fechamento do caixa de 2024, nos quais a falta de recursos disponíveis impede a continuidade imediata das obras já previstas e impossibilita o repasse prometido às associações e aos clubes. Ele ainda citou a questão da ponte que liga os bairros das Capitais e Nações, financiada via Finisa na gestão anterior, e que incluiria a realização dos acessos. “Teremos que fazer um levantamento para finalização da obra e ‘definir’ de onde serão retirados e buscados os recursos”, completa.
Flávio também destacou que o principal obstáculo no orçamento atual está relacionado ao setor de obras e garantiu que áreas essenciais, como Saúde e Educação, não serão prejudicadas.
Conforme apresentado, somando o valor das obras licitadas sem ordem de serviço (R$ 5,1 milhões) mais o valor faltante das emendas parlamentares (R$ 1,2 milhão), a Prefeitura tem um saldo negativo de pouco mais de R$ 6,2 milhões – lembrando que tem um superávit de R$ 2,9 milhões – assim, o saldo negativo é de: R$ 3,4 milhões.
Quanto às medidas que serão tomadas, o secretário Fazenda e Administração afirmou que haverá o acompanhamento sistemático dos gastos pelo Gabinete, pela Fazenda, pela Procuradoria, pelas Fundações e pela Autarquia. Além disso, será feita uma análise e revisão de todos os gastos e despesas, bem como a revisão de contratos. Ainda, a administração buscará por parcerias público-privadas (PPPs) e por emendas. Após 100 dias de governo, será feita uma reavaliação das ações.