O senador catarinense Esperidião Amin (PP) voltou a pedir a abertura do processo de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, em nova postagem, nesta semana, em suas redes sociais. O pedido foi reforçado após a aplicação de sanções contra Moraes pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que enquadrou o magistrado brasileiro na Lei Magnitsky, a mais pesada, destinada a pessoas envolvidas em violações de direitos humanos, corrupção e atentados à democracia e à liberdade de expressão.
Amin afirmou que o enquadramento de Moraes é uma vergonha para a Suprema Corte e para o próprio país. Disse ainda que não há elementos que comprovem as denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de atentar contra a democracia e planejar um golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022. O senador informou que se alia a outros 35 parlamentares que assinaram o requerimento de abertura do processo, sob a liderança do senador do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo das ações no STF.
Cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), dar seguimento ao pedido. Alcolumbre manifestou sua oposição ao tarifaço do governo dos EUA e às sanções contra Moraes, afirmando que isso fere a soberania nacional. Disse também que não agirá sob pressão de governos estrangeiros.
Outro que se manifestou foi o ministro do STF, Flávio Dino, defendendo Moraes das sanções e criticando o que classificou como intromissão do presidente Trump em assuntos do Judiciário brasileiro.
O senador Amin afirmou: “Não se trata de esquerda ou direita. Trata-se de respeitar os pilares do Estado Democrático de Direito. O Brasil não pode seguir calado diante de um Supremo que pune sem processo; legisla, investiga e julga ao mesmo tempo; e agora virou motivo de vergonha internacional. No Senado, estamos lutando pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Nosso objetivo é frear esse abuso de autoridade”, escreveu Amin em carta aberta nas redes sociais.