O acidente fatal causado por caminhoneiro embriagado na BR-470, em Apiúna, no Vale do Itajaí, resultou na morte de três pessoas e na denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra o motorista. O caminhoneiro dirigia sob efeito de álcool, com 0,94 mg/l de concentração no ar alveolar, quase três vezes acima do limite permitido por lei.
Segundo a Promotoria de Justiça da Comarca de Ascurra, o motorista realizou manobras perigosas em zigue-zague e invadiu a contramão em um trecho com baixa visibilidade. Por volta das 5h, no quilômetro 102 da rodovia, ele colidiu frontalmente contra um carro ocupado por seis familiares.
O impacto matou imediatamente uma adolescente de 12 anos, sua mãe de 36 e a avó de 61 anos, todas vítimas de politraumatismo. Outras três pessoas ficaram gravemente feridas: um menino de 6 anos, a irmã gêmea da vítima fatal e o pai que dirigia o automóvel. O Ministério Público afirma que os crimes só não foram mais graves graças ao rápido atendimento médico.
O MPSC denunciou o caminhoneiro pelos crimes de homicídio qualificado consumado e tentado, além de embriaguez ao volante. O motorista foi preso em flagrante, teve a prisão convertida em preventiva e está no Presídio Regional de Blumenau.
A promotora Cristina Nakos destaca a gravidade do caso: “Conduzir um caminhão pesado embriagado, colocando em risco vidas inocentes numa rodovia movimentada, exige resposta firme do Judiciário.” Ela afirma que o Ministério Público buscará a responsabilização integral do acusado para garantir justiça à sociedade.
Na denúncia, o MPSC pede que o caminhoneiro seja julgado pelo Tribunal do Júri, com aplicação das penas previstas para homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Também solicita condenação por embriaguez ao volante e indenização mínima de R$ 100 mil por vítima, além da apuração de danos materiais.
Fonte: MPSC Notícias