Outubro chega colorido de consciência e empatia. Entre as folhas que caem e os dias que se renovam, surge também um lembrete importante: cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo. No dia 10 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da Saúde Mental, data que convida cada um de nós a refletir sobre o próprio bem-estar emocional e sobre o quanto ainda precisamos avançar na construção de uma sociedade mais acolhedora e menos julgadora.
Para a psicóloga Francielle Hartmann (CRP 12/09674), que há 15 anos dedica sua trajetória ao cuidado humano, o tema nunca foi tão necessário. “Embora tenhamos avançado, ainda enfrentamos estigmas e barreiras. O Dia Mundial da Saúde Mental é uma oportunidade para desmistificar e acolher”, destaca.
Francielle lembra que muitas pessoas ainda vivem o peso do silêncio, com medo de serem rotuladas ou incompreendidas. “A saúde mental é parte indissociável da saúde geral. Assim como cuidamos do corpo com exercícios e boa alimentação, precisamos nutrir a mente. Buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem e amor próprio”, afirma.
A especialista reforça que vivemos um tempo de grandes transformações. A pandemia, por exemplo, expôs a vulnerabilidade emocional de milhões de pessoas, mas também abriu espaço para o diálogo sobre temas antes evitados. “A tecnologia pode ser uma aliada, aproximando e informando, mas deve ser usada com consciência. O excesso de comparação e de informações gera ansiedade e é importante saber quando desconectar para se reconectar consigo mesmo”, orienta.
Mais do que um dia no calendário, o Dia Mundial da Saúde Mental é um lembrete de que a empatia cura, e o cuidado transforma. “Meu desejo é que cada pessoa olhe para si com mais gentileza. Acolher as emoções, reconhecer os limites e pedir ajuda quando necessário são atitudes de amor. Não somos feitos de aço é justamente a vulnerabilidade que nos torna humanos”, conclui Francielle.
Em tempos de correria e exigências, cuidar da mente é um ato de resistência e de esperança. Se precisar, conte com o apoio da psicóloga.