Seis meses depois de abrir as portas, o Pronto-Atendimento (PA) de Timbó já registra mais de 23 mil atendimentos. A unidade, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, vem mudando a forma como o timboense acessa a saúde pública. Administrada pelo Instituto IDEAS, a estrutura atende casos de urgência e emergência e os resultados já são percebidos na rotina da população.
Em entrevista à Rádio Cultura de Timbó, a diretora do PA, Lilian Lucena, destacou que a unidade representa uma transformação significativa na rede de atendimento. “Estamos há seis meses em operação e, sim, o Pronto-Atendimento vem trazendo inovação para a população, fazendo a diferença, principalmente para os cidadãos que dependem 100% do SUS”, afirmou. “É uma revolução silenciosa, mas muito real, no jeito de cuidar.”
Os números confirmam o impacto. Entre 1º de maio e o fim de outubro, foram 23.699 atendimentos, com média de 130 pessoas por dia. As segundas e quintas-feiras concentram os maiores fluxos. A maioria dos casos é classificada como verde ou amarelo, que exigem atendimento, mas sem risco imediato de morte.
A unidade conta com 66 profissionais, entre médicos clínicos e pediatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem e equipes de apoio. Um dos indicadores que se destaca é o tempo médio de atendimento.
“Entre triagem e desfecho, temos mantido um tempo próximo de uma hora e meia. É um resultado muito positivo para uma unidade de porta aberta como o Pronto-Atendimento”, explicou Lilian.
Quando procurar o Pronto-Atendimento
A diretora reforça que o PA deve ser acionado em casos agudos, como falta de ar intensa, dor torácica ou dor de cabeça súbita. Situações de acompanhamento contínuo, como renovação de receitas ou monitoramento de quadro clínico, devem ocorrer nas unidades básicas de saúde dos bairros. “Esse entendimento é essencial para que o serviço funcione com agilidade e segurança”, orientou.
Atendimentos que salvam vidas
Em seis meses, o PA realizou três transferências aeromédicas, fundamentais em casos de infarto. “Os pacientes foram estabilizados, diagnosticados rapidamente e encaminhados ao suporte especializado. Todos tiveram desfechos positivos e retornaram às suas atividades com qualidade de vida”, relatou Lilian.
Humanização como compromisso
Além da agilidade, a unidade tem avançado no acolhimento humanizado, com a criação de um protocolo específico para pacientes neurodivergentes, como pessoas autistas.
A iniciativa nasceu da Comissão de Humanização, que percebeu a necessidade de uma abordagem mais sensível e individualizada. “Capacitamos as equipes, ajustamos ambientes e reorganizamos práticas. Ver o acolhimento acontecendo na prática, tanto com crianças quanto com adultos, tem sido emocionante e significativo”, destacou a diretora.
Próximos passos
A gestão agora trabalha para a habilitação federal como UPA, o que permitirá ampliar recursos para custeio e fortalecer ainda mais a rede de urgência. “Seguimos avançando. O objetivo é garantir um serviço humano, eficiente e acessível para todos”, finalizou Lilian.
