Nasce em Timbó o Coletivo Naipô como uma iniciativa que une comunicação, cultura, formação e acolhimento. O movimento fortalece a consciência negra, enfrenta o racismo estrutural e constrói pertencimento no Vale do Itajaí. O coletivo atua com diálogo direto entre pessoas, instituições e comunidades, sempre com foco na equidade racial e na valorização das identidades negras.
O nome Naipô carrega memória e afeto. Ele homenageia Napoleão, pai da fundadora Juliana Santos Cleto. Chamado carinhosamente de Naipô por Dona Salete, sua esposa, Napoleão marcou Timbó com sua serenidade e integridade. Ele viveu na cidade entre 1971 e 2019 e se tornou um símbolo da presença negra em um município que, por muito tempo, teve poucos moradores negros. Sua história inspira o espírito do coletivo.
O Coletivo Naipô transforma legado em ação. Ele promove formação, acolhimento e orientação em casos de discriminação racial. Também oferece suporte para profissionais, educadores, escolas e empresas que desejam atuar de forma consciente e antirracista. O grupo trabalha de maneira ativa para fortalecer a empatia e ampliar o entendimento sobre relações étnico-raciais na região.
Juliana Santos Cleto, pesquisadora e formadora em equidade racial, explica o propósito do coletivo. Para ela, o Naipô nasce da escuta e da urgência de criar espaços seguros e permanentes para o diálogo sobre raça. Esses espaços estimulam reflexão e transformação individual e coletiva. Cada ação busca romper silêncios históricos e criar caminhos de mudança.
A estrutura do coletivo conta também com a advogada Laina Maiana, o professor Zé Luciano e o estudante João Pedro Santos Schroeder. Juntos, eles consolidam uma atuação plural e comprometida com práticas educativas e sociais antirracistas.
O Coletivo Naipô está aberto para quem deseja participar das atividades e contribuir com projetos futuros. A adesão ocorre para pessoas alinhadas ao Estatuto e à missão do movimento. Nas redes sociais oficiais — @coletivonaipo — é possível acompanhar campanhas, formações e ações comunitárias.
Nasce em Timbó o Coletivo Naipô como mais do que um grupo. Ele surge como um movimento de transformação social. A iniciativa reforça a importância do diálogo, amplia a consciência racial e incentiva o compromisso coletivo com uma sociedade mais justa, plural e humana.





