Indústrias de Santa Catarina planejam investir R$ 6 bilhões entre 2008 e 2010
Indústrias de Santa Catarina pretendem investir R$ 6,06 bilhões no triênio 2008-2010, segundo pes …
Thomas Erbacher
FLORIANÓPOLIS – Indústrias de Santa Catarina pretendem investir R$ 6,06 bilhões no triênio 2008-2010, segundo pesquisa com 144 empresas instaladas no Estado. O dado é um dos destaques da publicação Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense, lançada pela Federação das Indústrias – Fiesc, que reúne informações sobre os investimentos realizados no ano passado e previstos para o período 2008-2010, além dos resultados do setor industrial em 2007 e o cenário econômico esperado para este ano.
Em 2007, o grupo pesquisado investiu R$ 1,49 bilhão, e tem como meta aportar R$ 2,14 bilhões em 2008 (alta de 40%) e mais R$ 2,23 bilhões no próximo ano. Para 2010, em função do prazo maior, a previsão de investimentos é mais baixa, R$ 1,69 bilhão, totalizando R$ 6,06 bilhões no acumulado de 2008 a 2010. Desse valor, R$ 4,9 bilhões serão aplicados em território catarinense, R$ 898 milhões por empresas de Santa Catarina em outros estados brasileiros e R$ 273 milhões no exterior.
Os principais objetivos dos investimentos nesse período são a modernização e a ampliação da produção, com a aquisição de máquinas e equipamentos, (destacada por 61% das empresas), a atualização tecnológica (apontada por 46% dos pesquisados), o aumento da capacidade produtiva (42% das empresas) e a inovação e o desenvolvimento de novos produtos (item marcado por 35% das companhias ouvidas).
O presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, destacou uma mudança nas fontes dos recursos para as inversões das indústrias catarinenses. Em 2007, do R$ 1,49 bilhão investido pelas companhias ouvidas, 62,62% foram de recursos próprios, 20,23% vieram de bancos de fomento, como o BRDE e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e 9,37% de empréstimos junto a bancos nacionais. Já para os R$ 6,06 bilhões planejados para o período 2008-2010, 47,26% devem ser de recursos próprios, 45,53% de bancos de fomento e 4,73% de bancos nacionais.
Conforme a pesquisa, as indústrias que não realizaram investimentos em 2007 apontaram como principais motivos os prejuízos causados pela baixa cotação do dólar frente o real, principalmente nos segmentos mobiliário e de produtos de madeira. Outros fatores citados foram as taxas de juros elevadas, a crise nos Estados Unidos, a grande competição com produtos importados e a falta de linhas de crédito acessíveis às pequenas e médias indústrias.