A possível retomada do Horário de Verão será decidida amanhã, dia 15 de outubro, quando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reunirá com a equipe técnica no ministério, em Brasília, para definir a questão.
Durante palestra no 2º Fórum Internacional Esfera, em Roma, Silveira afirmou: “se houver risco energético, o Horário de Verão será implementado, pois nenhuma outra medida será mais importante”. O ministro destacou que essa é uma política pública adotada em outros países e não deve ser vista de forma ideológica. “Eu defendo o Horário de Verão como política pública, mas só utilizaremos essa medida se for imprescindível para garantir energia ao Brasil e reduzir custos, beneficiando o consumidor”, acrescentou.
De acordo com uma nota técnica divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a adoção do Horário de Verão pode reduzir em até 2,9% a demanda máxima de energia elétrica e gerar uma economia de cerca de R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre os meses de outubro e fevereiro.
A mesma análise aponta que a mudança poderia resultar em uma economia de R$ 244 milhões a R$ 356 milhões em custos de combustíveis termoelétricos, dependendo das condições hidrológicas entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025.
O Horário de Verão está suspenso no Brasil desde 2019, após uma avaliação técnica realizada durante o governo de Jair Bolsonaro, que indicou que a medida não gerava a economia esperada para o setor elétrico.