DÓLARES FALARAM MAIS ALTO
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Viagem do presidente Jair Bolsonaro à Israel, com anúncio de abertura de escritório comercial em Jerusalém e, embalada por forte viés ideológico, teve condão de trazer mais problemas do que soluções ao país. Decepcionou os israelenses, que esperavam o anuncio de transferência da Embaixada para Jerusalém, e, ao mesmo tempo, irritou o mundo árabe.
Por certo os números do comércio brasileiro com os árabes provocou um passo atrás de Bolsonaro na anunciada transferência da Embaixada.
Em 2017 o Brasil vendeu US$ 13,590 bilhões para os árabes. O superávit da balança comercial nessa relação foi de US$ 6,234 bilhões, o que corresponde a mais de 10% de todo nosso superávit daquele ano que chegou à cifra de US$ 62 bilhões. Eles compraram 40% da produção brasileira de frango e 35% da produção de carne bovina. No grupo “alimentos” as vendas brasileiras somaram US$ 9,9 bilhões, com destaque para o açúcar com US$ 4,6 bilhões e carnes US$ 3,6 bilhões.
JULGAMENTO ADIADO
Pedido de OAB de adiar julgamentos das ADCs que pedem a revisão da possibilidade de prisão em segunda instância, atendido pelo presidente da Corte Dias Tófoli, pode ter por trás certeza de derrota em plenário. Ordem dos Advogados do Brasil justificou o pedido por ter a atual direção assumido recentemente e querer mais tempo para estudar o caso.
Lembrando que o atual presidente da OAB Felipe Santa Cruz já foi candidato a vereador no Rio de Janeiro pelo PT.
Manutenção da prisão em segunda instância significa fim da impunidade. Apenas 1% das sentenças condenatórias desse grau de jurisdição são reformadas pelo STF e 1,5% pelo STJ.
STJ JULGA LULA
É aguardado para as próximas semanas o julgamento do recurso de Lula contra sua condenação pelo STJ do caso envolvendo o tríplex do Guarujá.
Ministro Felix Fisher, relator, já entregou seu relatório, estando pronto para julgamento. Ex-presidente e seus asseclas esperam que Lula seja pelo menos inocentado pelo crime de lavagem de dinheiro o que lhe permitiria uma prisão domiciliar ou semiaberto.
GUEDES SÓ
Governistas deixaram Paulo Guedes num verdadeiro “corredor polonês” na sabatina da quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça. Não houve ninguém do governo para defendê-lo, tendo ficado à mercê dos oposicionistas e suas tradicionais “caneladas”. Fato trouxe desconforto ao mercado financeiro que entendeu faltar muito para Jair Bolsonaro estabelecer uma base de apoio firme no Congresso.
PIB MAIS FRACO
Pela primeira vez e na quinta queda seguida, mercado está antevendo um PIB abaixo de 2% este ano. Boletim Focus, divulgado na semana pelo Banco Central, aponta que a média do mercado espera crescimento esse ano de 1,98%. Pouco, se imaginarmos o grande número de desempregados e a ociosidade na indústria.
Mais de 40 dias de “stand by” da reforma da Previdência na Câmara e “bate cabeça” do governo que não conseguiu até agora estabelecer uma base de apoio consistente no Congresso, são os principais motivos.
Governo chega aos 100 dias, aliás, sem saber com quem contar entre deputados e senadores.