REFÉM DAS 4 RODAS
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Pacote de bondades do Governo aos caminhoneiros deixa consignado medo de que uma nova greve da categoria possa parar o país, menos de um ano do último movimento, que trouxe consequências deletérias à nossa já cambaleante economia.
Mostrando-se de certa forma “refém” da categoria, presidente Jair Bolsonaro deveria aproveitar o receio para incrementar o fomento de outros modais, tirando do rodoviário a primazia no transporte de cargas no Brasil.
OPORTUNISMO SEM RUMO
Insatisfeito com os rumos partidários, notadamente pelo aparecimento de denúncias de irregularidades envolvendo candidaturas laranjas, Jair Bolsonaro estuda possibilidade de deixar o PSL.
Deixaria órfãos aqueles que por oportunismo filiaram-se ao partido no afã de elegerem-se na rasteira de um possível sucesso do seu governo.
Não são poucos os que estão de olho em prefeituras nas eleições do ano que vem nessa esteira. Caso o presidente realmente deixe a sigla, deixá-los-ia de “pincel na mão”.
O MINISTRO E AS LARANJAS
Se por um lado, se pensa em mudar de partido por estar indignado com o “laranjal do PSL”, Bolsonaro parece não se incomodar com as denúncias cada vez mais graves contra seu ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, ex-presidente do partido em MG e que agora foi até acusado de ter ameaçado de morte uma deputada. Deveria aproveitar essa indignação e demiti-lo, ou, pelo menos afastá-lo para que se defenda longe do primeiro escalão do Governo. Quem foi eleito com base no combate à corrupção não pode ter tão perto de si um auxiliar tão tóxico.
SÓ O PLENÁRIO SALVA
Resta ao plenário do STF a função de tentar salvar a instituição do vexame causado pela decisão de Alexandre de Moraes ao impor censura à “O Crosué” e “O Antagonista”. Direção de ambos já peticionou ao pleno da Corte para que se manifeste acerca da decisão no mínimo teratológica do ministro em defesa de Dias Tófoli.
Liminar afrontou a quase totalidade do Capítulo V da Constituição que trata da Comunicação Social e seus aspectos de liberdade de imprensa e expressão.
Caberia à Tófoli, caso tenha se sentido ofendido pela reportagem que o considerou “o amigo do amigo do meu pai” processar a publicação, pedindo as reparações cabíveis, e não de pronto, por intermédio do colega Moraes, impor a censura típica de regimes ditatoriais.
Maioria do Supremo, por certo, não concorda com essa decisão “monocrática de quatro mãos” e por certo ao ser chamada manifestar-se-á pela manutenção da liberdade de imprensa.
Fato não contribui em nada para melhorar a imagem do STF junto à opinião pública, já arranhada pelas exposições demasiadas e decisões no mínimo questionáveis da Suprema Corte no passado recente.
CENTRÃO AINDA NÃO
ENTENDEU
O “Centrão” anda mais “centrão” do que nunca. O bloco de deputados que ainda não chegou à conclusão de que os tempos do “toma lá, dá cá” terminou, juntou-se à oposição e postergou para a semana que vem a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça.
Pelo jeito será preciso um novo “banho de urna” daqui há alguns anos para que os fisiologistas de sempre passem a enxergar o novo Brasil que os brasileiros pediram a partir das eleições do ano passado.