O empresário Luciano Hang, da Havan, usou suas redes sociais esta semana para fazer um alerta à população, ao lado do seu gerente de Recursos Humanos, sobre o crescente número de casos de vícios em jogos on-line, que foram impulsionados pela criação das “Bet’s” — tipos de cassinos digitais que se multiplicaram pelo país. Hang relatou que funcionários de suas empresas, com cargos e anos de trabalho, caíram na armadilha dos jogos, acreditando em uma renda extra, mas acabaram se endividando e até pedindo demissão para acessar recursos e pagar dívidas ou intensificar apostas.
Luciano Hang é apenas mais uma voz a alertar o país sobre o drama dos vícios em jogos. Recentemente, um levantamento constatou que beneficiários do Bolsa Família gastaram mais de R$ 3 bilhões em apostas, o que chamou a atenção do Palácio do Planalto. Nos últimos dias, o Ministério da Fazenda determinou o bloqueio de 600 páginas de “Bet’s” que não têm autorização para operar no país. A maioria das empresas atua no exterior e não paga impostos. Luciano Hang comparou o vício dos jogos a uma nova pandemia. Ele disse que um padre, amigo seu, já falecido, lhe contou, em certa ocasião, que o pior vício é o dos jogos, pois é a porta de entrada para outros vícios e para a destruição das famílias.
A Havan fará uma campanha interna para conscientizar e apoiar seus funcionários sobre os perigos do vício em jogos.