O presidente do PL de Timbó, advogado Jean Schütz, atual Chefe de Gabinete do prefeito Flávio Germano Buzzi, está organizando uma manifestação popular, marcada para o dia 16 de março, no Centro de Timbó, que tem como pauta principal a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Na ocasião, manifestantes enfurecidos adentraram nos prédios do Executivo, Legislativo e Judiciário e realizaram atos de vandalismo, com a depredação do patrimônio público. Milhares de pessoas estiveram na manifestação, mas cerca de 1.200 foram presas, a maioria dentro dos prédios públicos.
Um inquérito, a pedido do Supremo Tribunal Federal, concluiu que os atos foram mais que simples vandalismo e revolta, enquadrando a maior parte dos manifestantes na Lei de Segurança Nacional e atentado contra o Estado Democrático de Direito, com sentenças de até 17 anos de prisão. Estas condenações são consideradas exageradas e fora da realidade pelas lideranças que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agora também alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República, ao lado de outras 34 pessoas, a maioria militares.
Jean disse que o suposto golpe de estado não foi concretizado e, mesmo que tenha sido cogitado por alguém, jamais foi posto em prática, portanto não se configura o crime de atentado contra as instituições e o Estado Democrático de Direito. Na avaliação do presidente local do PL, que é advogado, o Judiciário tem que fazer cumprir a lei e não pode assumir o papel de legislador ou político, interferindo na autonomia de outro poder da República. Jean faz coro a diversas lideranças do país, que pregam uma anistia geral em favor da democracia e do apaziguamento político, concentrando o foco do país em causas maiores, como a recuperação da economia.
A manifestação do dia 16 de março será realizada em várias cidades do país e contará com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro em alguns eventos, como no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Timbó já foi palco de manifestações na década passada, iniciando em 2013 e posteriormente na época do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Nossa região vai mostrar sua indignação com o atual estado em que se encontra a política nacional. Precisamos mostrar a nossos representantes do Parlamento que eles têm o respaldo da população para assumir o protagonismo que cabe ao Legislativo nas questões nacionais”, concluiu Jean.
A programação da manifestação está sendo elaborada e os horários e locais exatos serão divulgados mais próximo do evento.