O senador catarinense Esperidião Amin (PP) integra uma comissão especial de oito senadores que irá a Washington para contatos com lideranças do Congresso dos Estados Unidos, com o objetivo de defender a revisão das tarifas de 50% contra exportações de produtos brasileiros, anunciadas pelo presidente americano Donald Trump. Amin defende o diálogo e argumenta que a aplicação dessas tarifas não interessa a nenhum dos dois países, prejudicando empregos e o abastecimento de produtos e matérias-primas.
A iniciativa dos senadores busca alternativas de diálogo com o governo dos Estados Unidos, que até o momento não abriu canais de comunicação com o governo do presidente Lula, considerado por Trump como um adversário político. Em carta enviada ao Brasil no início do mês de julho, Trump apresentou diversos motivos para a aplicação das tarifas de 50%, entre os quais o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que responde a processo sob a acusação de tentar dar um “golpe de Estado” ao final de seu governo.
Amin anunciou sua participação na comissão por meio de nota oficial, que segue: “vou integrar a comitiva de oito senadores brasileiros que irá a Washington nos próximos dias para dialogar com o Congresso dos Estados Unidos sobre a taxação de 50% imposta aos produtos importados, especialmente os brasileiros. Essa medida afeta diretamente setores estratégicos da nossa economia, como o agronegócio, o comércio eletrônico e a indústria. O diálogo franco e técnico com as autoridades americanas é fundamental para defender empregos, investimentos e a competitividade das nossas empresas. E também afeta os Estados Unidos, uma vez que muitos dos produtos exportados pelo Brasil são matéria-prima para produtos norte-americanos.
A missão é liderada pelo senador Nelsinho Trad e nasce da Comissão de Relações Exteriores do Senado, da qual sou membro. Nosso objetivo é construir pontes e reafirmar os mais de 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, buscando soluções equilibradas e que respeitem a segurança jurídica e os princípios do livre comércio”.