A Associação Empresarial do Médio Vale do Itajaí (Acimvi) mais uma vez proporcionou momentos de construção de conhecimento e networking, desempenhando um papel fundamental no fortalecimento da economia local e no desenvolvimento contínuo dos negócios na região. Trata-se de mais uma edição do Café da Manhã do Empresário, realizada no dia 24 de outubro, nas dependências do Centro Empresarial de Timbó (CET).
Em entrevista à redação do Jornal do Médio Vale (JMV), a presidente da Acimvi, Lúcia Giovanella da Silva, destacou: “Neste encontro, abordamos a importância da avaliação e seleção do histórico financeiro dos clientes para a concessão de crédito. Com um sistema adequado e completo, é possível monitorar perfis, prevenir fraudes e, consequentemente, incrementar as vendas”.
Lúcia relatou que o evento contou com a participação de especialistas na área, que trouxeram percepções importantes para uma gestão eficiente e ética dos processos de cobrança. Entre eles estavam Sérgio Acy Kollet, empresário, contador e administrador, especialista em banco de dados e sistemas de análise de crédito, atuando como gestor comercial da Central de Cartórios de Santa Catarina; e Karen Bragança Ferreira, tabeliã substituta e gestora do Setor de Protestos no Tabelionato de Notas e Protestos de Timbó, especialista em Direito Notarial e Registral, bacharel em Direito e Internacionalista.
De acordo com Lúcia, Sérgio Acy Kollet destacou a importância de uma abordagem respeitosa e educada na cobrança de débitos. Ele ressaltou que muitas empresas enfrentam grandes dificuldades financeiras e, por isso, é essencial que o contato seja firme, mas cuidadoso, proporcionando uma negociação tranquila com o cliente e incentivando compras futuras. “O especialista pontua que, em casos específicos, pode ser necessária a atuação de um cobrador mais persuasivo, especialmente em situações nas quais o credor já está desgastado após várias tentativas de cobrança”, observou ela.
A presidente da Acimvi comentou ainda que o palestrante fez uma observação importante sobre a formalização de contratos, recomendando que, além do CNPJ, o CPF dos proprietários e diretores da empresa devedora também conste no contrato. “Ele explicou que, embora o CNPJ possa ser encerrado a qualquer momento, o CPF continua vinculado à pessoa física, o que garante que, eventualmente, a dívida seja quitada.”
Segundo Lúcia, Karen Bragança Ferreira apresentou informações práticas sobre o processo de cobrança em cartório. “Ela informou que, atualmente, as despesas cartoriais são cobradas exclusivamente do devedor, isentando a empresa credora desse ônus. Anteriormente, a empresa que desejava protestar um título provavelmente arcar com essas taxas, mesmo sem garantia de recuperação. Além disso, Karen colocou o cartório à disposição para esclarecer dúvidas e orientar as empresas nas melhores práticas para negociações, tudo de forma rápida e sem custo”.
Para concluir, o presidente da Acimvi ressaltou que “o evento foi breve e objetivo, com informações transparentes e práticas para o dia a dia empresarial”.