O município de Timbó testemunhou o lançamento de uma nova coleção de produtos artesanais e criativos, profundamente enraizados na identidade cultural local. O trabalho foi desenvolvido por 11 artesãs que participaram do Programa de Desenvolvimento para o Artesanato Ouro, e, além de exibir suas peças, também foram devidamente certificadas. Essas novas coleções não apenas refletem a cultura local, mas também resgatam a memória da cidade. Nesta semana, o Jornal do Médio Vale (JMV) destaca o perfil da última das 11 artesãs envolvidas no lançamento desta coleção. Elisabeth Aparecida Tomaselli Loes, conhecida como Beth Loes, com a coleção Vale Encantado da Cotia, é o foco desta edição.
Em entrevista, a artesã explica o que a motivou a participar deste programa de qualidade. “O programa ofereceu uma oportunidade única para aprimorar minhas habilidades e expandir meus horizontes no artesanato. A possibilidade de resgatar e valorizar a cultura local foi um grande motivador para mim.”
Questionada sobre os principais aprendizados obtidos durante o programa, Beth observa que “aprendi a ter um olhar mais crítico sobre o meu trabalho e a importância de pesquisar profundamente antes de desenvolver uma nova coleção. O programa também me ensinou novas técnicas de marketing e sustentabilidade.”
Ao falar sobre a mudança significativa na abordagem e na técnica após o programa, a artesã afirma que “o programa me ajudou a pensar de forma diferente do que eu estava acostumada. Fiquei mais crítica e consciente das escolhas de materiais e técnicas que utilizo.”
Sobre a inspiração por trás desta nova coleção, Beth afirma que “minha inspiração veio de muita pesquisa e do desejo de representar tanto o mascote de Timbó, a cotia, quanto os caminhantes do Vale Europeu.”
Questionada sobre como foi o processo de desenvolvimento das peças desta coleção, a artesã comenta que “uma vez definido o tema da cotia, elaborei o restante da coleção. Mantive os materiais aos quais já estava acostumada, mas testei novas combinações para alcançar os melhores resultados. Assim, utilizei os mesmos materiais que já usava, mas com uma abordagem mais crítica e detalhista.”
Ao falar sobre desafios e superações, Beth afirma que “o maior desafio foi testar diferentes técnicas e materiais para ver o que funcionava melhor sem aumentar os custos da coleção. Para superar, precisei de muita paciência e dedicação, testei várias opções até encontrar as melhores soluções. A orientação da designer e consultora do Sebrae, Michele La Força, e da administradora e consultora do Sebrae, Bárbara Wagner, foi crucial nesse processo.”
Questionada sobre qual é a peça ou conjunto de peças que mais se orgulha nesta coleção e por quê, a artesã relata que “a peça de que mais me orgulho é a Toca da Cotia, feita com muitos detalhes, representando uma casa em enxaimel, com folhas bordadas e a cotia dentro com um coração. Por isso, espero que minhas peças toquem as pessoas de todas as idades, desde crianças até adultos, como presentes ou decoração, e que transmitam o carinho e a dedicação com que foram feitas.”
Sobre a questão da sustentabilidade e o impacto ambiental, Beth explica que “procurei utilizar materiais sustentáveis e técnicas que minimizassem o impacto.”
A artesã também falou sobre suas expectativas para o futuro. “Espero que a coleção seja bem recebida e que alcance um público diversificado, incluindo turistas. Pretendo continuar inovando e expandindo meu trabalho, sempre valorizando a cultura local e explorando novas técnicas e materiais.”
Na questão de feedback e mercado, Beth observa que “o feedback dos clientes é essencial e sempre leva a melhorias. Tento estar atenta às sugestões e adaptar minhas criações às necessidades do mercado. Importante observar que o mercado artesanal está em constante mudança, exigindo muita pesquisa para acompanhar tendências de cores e estilos. Isso me faz adaptar continuamente minha forma de criar.”
Para finalizar, a artesã destaca que “eu só tenho a agradecer a Michele La Força, Bárbara Wagner, ao diretor-presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Jorge Ferreira, à coordenadora de eventos, Inês Klaumann, e à gestora de Turismo do Cimvi, Arlete Regilene Scoz, por olharem para os artesãos com tanto carinho e consideração. Estamos participando de uma feira internacional, representando muito bem nosso Vale.”