Banda Corvette 68
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Clarice Graupe Daronco
A banda Corvette 68 foi formada em 2010 por acadêmicos do curso de Música da Furb e surgiu pela nostalgia dos saudosos anos 80. Desde o início, a proposta era levar ao público uma verdadeira viagem no tempo, trazendo curiosidades sobre os artistas e suas referências, as influências de fatores históricos, político-sociais, econômicos e tecnológicos, além de apresentar elementos da época, do figurino às expressões verbais, mesclando clássicos do Rock 80 com composições autorais.
O currículo da banda reúne participações em eventos como Feirinha da Servidão, Festival Diversival, Feira da Curt, Garimpo Bárbaro e Mercado de Pulgas de Gaspar (promovidos pela Microponto Produções), Feira do Vinil, Tarde do Rock e Café Musical (promovidos pelo Museu da Música de Timbó), Feira do Livro e Terça Cultural (promovidos pelo DCE da FURB), Colmeia (promovido pelo Coletivo Colmeia), entrevistas em emissoras locais de televisão, composições autorais veiculadas na FURB FM e na Web Rádio 080, além de shows públicos e particulares em Blumenau, Gaspar, Timbó, Indaial, Pomerode, Ibirama, Rio do Sul, Ituporanga entre outras cidades.
Em entrevista os integrantes da banda relatam que desde 2015, a banda apresenta os shows no formato acústico, um desafio à parte no cenário rock. A formação atual conta com Jonas Morsch (acordeon), Nathan Couto (cajón e percussão), Andrea Peres (voz e vocais), Rafael Moser (violão e viola caipira) e Paulo Germano (violão e voz), um set exclusivo no estado de Santa Catarina.
Segundo eles, em março de 2020, a chegada do Coronavírus ao Brasil impactou fortemente o setor de eventos. “De um dia para o outro, shows foram cancelados e muitos locais fecharam suas portas. Os decretos buscavam combater o avanço dos índices de contágio e não havia nenhuma previsão concreta sobre o controle da situação por parte das autoridades de Saúde. Os governos de todas as esferas se dividiram em suas ações e, efetivamente, não havia um plano econômico para dar suporte aos profissionais das áreas afetadas. A irresponsabilidade destas ações reduziu o poder aquisitivo destes profissionais drasticamente a ponto de muitos passarem necessidade para sustentar direitos básicos como moradia e alimentação. Um cenário sem precedentes em nosso país’.
Três dos integrantes da banda atuavam exclusivamente com música e não foi uma tarefa fácil buscar inserção no mercado de trabalho devido à instabilidade financeira que abalou a realidade de todos. “As contas tomando proporções consideráveis e nenhuma perspectiva de retorno das atividades. Nós entendemos que o discurso empreendedor se torna uma importante ferramenta de motivação, mas discursos não pagam aluguel, luz e comida. Nós nos ajudávamos na medida do possível. Quando você assiste a um show ou contrata um artista, não imagina o tamanho do investimento que existe em equipamentos de palco, instrumentos, capacitação destes profissionais, gravações em estúdios, divulgação em mídias sociais e até despesas de combustível e alimentação que compõem o valor do cachê”.
Como forma de enfrentar a situação com mais otimismo e usando a música como uma verdadeira terapia, os integrantes da banda decidiram elaborar um planejamento que envolvia sessões de gravação em áudio e vídeo do repertório, tanto autoral quanto cover, além da divulgação nas redes sociais de toda pesquisa histórica que fundamenta o trabalho, apresentando curiosidades sobre as canções, os artistas e o Brasil dos anos 80.
O resultado deste planejamento significou um aumento que ultrapassou o triplo de seguidores desde o início da pandemia. O conteúdo também agregou maior visibilidade aos nossos integrantes e seus inúmeros projetos pela região.
Além de integrar a banda Corvette 68, Andrea Peres apresenta o projeto Dea in Duo e é vocalista da banda Kauana. Jonas Morsch é acordeonista da dupla Teo e Edu e contrabaixista da banda Os Fritz. Nathan Couto acompanha artistas como Iuri K e Léo Vieira. Rafael Moser é guitarrista das bandas Super 8 e Husbands. E Paulo Germano apresenta também trabalho solo, violão e voz. “Hoje, a banda está trabalhando o repertório de seu primeiro disco autoral, enquanto, aos poucos, acompanha a retomada dos shows”.
