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Timbó
sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Calor aumenta risco de dengue e chikungunya

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Com a chegada da primavera e o calor que anuncia a aproximação do verão, renasce também um alerta já conhecido, porém nunca menos urgente. É nessa combinação de dias quentes, chuvas rápidas e umidade elevada que o mosquito Aedes aegypti encontra o cenário perfeito para se multiplicar e, com ele, crescem silenciosamente os riscos de dengue, chikungunya e zika.


No Vale Europeu, onde a natureza desabrocha em paisagens vibrantes nesta época do ano, a circulação de pessoas também aumenta, impulsionada pelo turismo e pelos eventos de fim de ano. Essa movimentação, somada ao clima favorável, favorece a disseminação dos vírus. A avaliação é do médico infectologista de Timbó, doutor José Amaral Elias (CRM 22091 SC RQE 13074), que reforça a gravidade da situação e a necessidade de vigilância contínua.


Segundo ele, fora do período quente é comum que a população, e até os meios de comunicação, relaxe nos cuidados e na divulgação de medidas preventivas. “Com a redução de casos, muitas pessoas esquecem do problema. A prevenção só volta a ganhar força quando os números sobem muito, e aí já pode ser tarde demais”, explica ao destacar que “o resultado desse comportamento tardio costuma ser o mesmo: casos graves e até óbitos, especialmente por dengue”.


Para 2025, o alerta é ainda mais intenso. Além da dengue, que já desafia o Estado nos últimos anos, a chikungunya vem apresentando crescimento acelerado. “A curva deste ano está mais acentuada. E embora não apresente tantos casos graves quanto a dengue, a chikungunya pode, sim, levar a quadros graves e até óbitos, como já ocorreu em Santa Catarina. E há ainda o risco de sequelas prolongadas, como dores articulares intensas, que podem durar meses, anos ou até para sempre”, destaca o infectologista.


Há, contudo, uma boa notícia no horizonte: a vacina contra chikungunya do Instituto Butantan já está em fase final de documentação para início da aplicação na população, um avanço histórico, mas que, assim como a vacina da dengue, deve ocorrer de forma gradual.
Até lá, reforça o doutor José, o caminho é um só: conscientização e participação ativa de toda a sociedade no combate aos focos do mosquito. Uma mensagem repetida ao longo dos anos, mas que segue sendo a única arma capaz de interromper o ciclo do Aedes aegypti antes que ele traga consequências irreversíveis.

Como eliminar os focos do Aedes Aegypti

  • Evite o acúmulo de água em pneus, tampas de garrafas, latas, copos e qualquer recipiente descartado.
  • Elimine materiais sem uso de quintais e terrenos baldios.
  • Mantenha piscinas sempre tratadas com cloro ou vazias, sem água parada.
  • Limpe lagos e tanques regularmente ou crie peixes que se alimentam de larvas.
  • Lave semanalmente as vasilhas de animais com escova e sabão.
  • Coloque areia nos pratinhos de plantas e esvazie a água acumulada nas folhas.
  • Mantenha lixeiras bem tampadas e pneus em locais secos e cobertos.

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