Cultura e Turismo em debate
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Clarice Graupe Daronco / JMV
TIMBÓ – “Cuidado, precaução e conscientização. Proteger é mais importante que retomar. É difícil entender o novo normal, quando estamos no meio de uma pandemia, onde os serviços de Saúde precisam sobreviver. A pandemia do novo Coronavírus causa um momento de incerteza, desde empresários até aos trabalhadores como um todo, por isso precisamos fazer despertar o bom senso, cuidar da gente, dos nossos e dos próximos. O objetivo é reiniciar, conquistar e ofertar segurança e desde já conscientizar e se adaptar ao novo, com responsabilidade”. Com essas colocações a gestora de Turismo da Fundação de Cultura e Turismo de Timbó, Cíntia Mara Panini encerrou a videoconferência realizada na tarde do dia 28 de julho, pelo JMV TV.
A videoconferência, que contou ainda com a presença do diretor-presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Timbó, Jorge Ferreira, teve por objetivo apresentar e debater as ações que estão sendo realizadas e as outras que deixaram de ser realizadas em razão da pandemia do novo Coronavírus.
Na abertura da videoconferência, o diretor do JMV, Evandro Loes que conduziu as perguntas e questionamentos, observou que a Cultura e o Turismo, dois setores que tem uma excelente estrutura em Timbó, estão sofrendo restrições em função da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), que se abateu sobre o mundo e chegou com força no Brasil e no Médio Vale do Itajaí.
Ferreira destacou que por meio de decretos, tanto estadual como municipal, que reforçam a importância do isolamento social, eventos foram cancelados, bares e restaurantes estão em atendimento limitado e os pontos turísticos tiveram seus acessos fechados, para evitar aglomerações e o consequente contágio.
Dificuldades
O diretor-presidente afirma ainda que músicos, artesões e artistas (profissionais e amadores) foram duramente atingidos, em especial com o cancelamento das festas de outubro, com destaque para a Oktoberfest e a Festa do Imigrante. “O cancelamento das festas com certeza afeta a toda região, na parte cultural, turística e de geração de emprego. Para a realização de uma festa contamos com mais de mil pessoas diretamente envolvidas, fora os profissionais que são envolvidos indiretamente. Mas, cancelar as festas e eventos é uma dura realidade que temos que conviver, pois precisamos preservar vidas e a saúde de todos. Acreditamos que no próximo ano, não só a Festa do Imigrante, como todos os demais eventos que foram cancelados neste ano, poderão vir com força e com certeza com algum diferencial. Eu prefiro acreditar que essa pandemia veio com um propósito, uma lição que devemos ter, depois que tudo isso passar”.
Assim como Ferreira, a gestora de Turismo, Cíntia Mara Panini também falou do cancelamento das festas e eventos, e seu impacto para o turismo. “O cancelamento tanto da Festa do Imigrante como da Oktoberfest nos amedronta, porque o turismo é fomentado com esses eventos e fortemente a hotelaria é preparada para receber os turistas de vários estados e países para participar das festas, agora sabemos que neste ano essa demanda não irá acontecer, e preocupa o setor hoteleiro. O Turismo perde também com a não realização de outros eventos tanto culturais como esportivos, como o Festival da Cervejaria e a Expobike”.
Novidades
Na pauta também foram levantadas questões como custos e investimentos da Festa do Imigrante e qual destino devido à sua não realização; contratações de bandas para a Festa e serviços; a estrutura da Cultura de Timbó e a situação dos profissionais envolvidos nos mais diversos segmentos como grupos culturais, bandas, associações de clubes de Caça e Tiro, grupos de dança, artesões e artistas de artes plásticas, entre outros; a situação dos museus, que estão de portas fechadas, entre outros.
Destaque também para projetos futuros como a criação de um Mercado Público Cultural nas atuais dependências da Sociedade Recreativa e Cultural; a implantação de uma Vila Turística, 100% privada, junto às instalações da Malharia Diana; novas estruturas junto ao Parque Central, entre outras ações estruturais importantes tanto para o setor de Turismo como Cultural e também econômico do município.
Ferreira lembrou das obras de finalização do Centro Integrado de Cultura (CIC), que é um espaço de extrema importância para a cultural local e regional. “As obras deverão ser finalizadas de novembro a início de dezembro e assim teremos um espaço diferenciado, que foi um sonho de toda a classe cultural que visa agregar mais valor ao trabalho de todos os artistas locais”. Também foi explicado sobre a nova licitação de obras e reformas no Complexo Jardim do Imigrante com o espaço do restaurante, está para acontecer no dia 14 de agosto com entrega e abertura dos envelopes; as obras e reformas no Jardim Botânico e a implantação do Parque do Avencal; entre outras ações de destaque.
Tanto Ferreira como Cíntia observaram que alguns dos eventos que foram cancelados este ano podem ainda ser realizados nos meses de novembro ou dezembro. “Talvez seja possível realizar um evento único, com foco em ações de resgate a tudo que deveria ter acontecido ao longo do ano”.
A entrevista completa está disponível na fanpage da Editora Jornal do Médio Vale no Facebook ou no Canal JMV TV no Youtube.
