Cuidar da mente é também cuidar da alma. É oferecer abrigo em meio às tempestades da vida, luz em dias nublados e coragem quando o coração vacila.
No dia 27 de agosto, celebramos o Dia do Psicólogo, uma data que vai além de homenagens. Ela nos lembra da grandeza de uma profissão que se dedica a ouvir, acolher e transformar histórias em um mundo cada vez mais acelerado e desafiador.
A psicóloga Francielle Hartmann (CRP 12/09674) explica que, nos últimos anos, pesquisas revelaram um aumento expressivo nos índices de ansiedade, depressão e burnout.
“O ritmo intenso da vida moderna, as pressões no trabalho e a solidão, ampliada pelas relações digitais, estão entre os fatores que justificam a crescente busca por psicoterapia”, afirma Francielle.
Em uma era marcada pela inteligência artificial (IA) — já presente em diagnósticos médicos e até no suporte inicial em saúde mental — a psicóloga ressalta que há algo insubstituível no encontro humano.
“Nenhuma máquina pode substituir a essência do trabalho psicológico. O psicólogo vai além da técnica: sua atuação se sustenta na empatia, na escuta sensível, no vínculo humano, na ética e na compreensão cultural. Elementos que nenhuma tecnologia é capaz de reproduzir de forma genuína.”
Para ela, é justamente na relação terapêutica que se revela a força da psicologia: um espaço de confiança, onde o encontro com o outro transforma, acolhe e ressignifica histórias. É ali que reside o verdadeiro coração da psicologia.
Celebrar o Dia do Psicólogo é celebrar muito mais do que uma profissão. É reconhecer um compromisso com a vida, com o cuidado integral e com a saúde mental como um direito fundamental.
Num tempo em que tantos se perdem em algoritmos e conexões artificiais, a resposta continua viva e pulsante no que é genuinamente humano: no abraço que conforta, na escuta que acolhe e no olhar que transforma destinos.