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sábado, 7 de setembro de 2024

Epagri avalia perdas na produção agrícola

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PRODUÇÃO
Epagri avalia perdas na produção agrícola

Clarice Graupe Daronco [email protected]

Foto: FOTOS/EPAGRI

As consequências das chuvas são diversas e lidar com os desdobramentos da tragédia se torna um desafio. Além da compreensão de mais chuvas, dos riscos de desabamentos e do número crescente de famílias desabrigadas, vários municípios se encontram em estado de emergência devido aos impactos no setor agrícola. Em Timbó, o extensionista Rural da Epagri, Valdomiro Biz, relata sobre as perdas nas produções de milho, arroz e hortaliças em decorrência das chuvas.

Durante uma entrevista concedida à redação do Jornal do Médio Vale (JMV), o extensionista Rural da Epagri explicou como as chuvas recentes afetaram as plantações de milho, arroz, verduras e leguminosas. “Em Timbó, as plantações foram afetadas de três maneiras distintas: em primeiro lugar, pela enxurrada, resultando na destruição das culturas devido ao transbordamento, ocasionando danos severos, incluindo a quebra, arranque e remoção das plantas. Em segundo lugar, teve o alagamento de algumas das áreas, causando perdas em culturas mais sensíveis devido à quantidade excessiva de água. Por fim, o solo encharcado também gerou sérios problemas para as culturas”, esclarece.

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Biz ressalta que, para a região, a média histórica de chuvas gira em torno de 1800 a 2200 milímetros por ano. “Em outubro, a média é geralmente de 250 milímetros. Embora a situação não seja muito fora da média, houve uma concentração de chuva em um curto espaço de tempo, o que comprometeu significativamente a drenagem do solo”.

Quando questionado sobre os desafios relacionados ao escoamento da água, Biz aponta que a falta de adoção do sistema de plantio direto é um dos maiores problemas no município. Ele explica que esse sistema, com solo coberto e bem estruturado, pode suportar melhor as chuvas intensas e oferecer uma condução mais eficiente. “Em Timbó, muitos ainda utilizam a técnica ultrapassada de revolvimento do solo e aração. Os desafios incluem convencer os agricultores a adotarem essa tecnologia, que já demonstrou eficácia em locais onde o plantio direto é praticado, mesmo com chuvas intensas”.

 

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O extensionista ressaltou ainda que a desestruturação do solo sem cobertura adequada deixa as plantas suscetíveis a pragas e doenças mais intensas, devido ao comprometimento do sistema imunológico das plantas. “As chuvas também têm influenciado no surgimento dessas doenças, causando problemas nas plantações de arroz e verduras. As medidas preventivas recomendadas incluem a manutenção de um solo estruturado, capaz de armazenar nutrientes suficientes para o desenvolvimento das plantas”.

Além disso, Biz destaca a importância de proteger a produção de leguminosas e hortaliças em sistemas de abrigo para enfrentar as variações extremas de chuva e sol ao longo do ano. A Epagri tem incentivado essa prática para oferecer maior proteção e controle de umidade e temperatura durante essas condições climáticas desafiadoras.

Quanto ao apoio e programas disponíveis para os agricultores, Biz explica sobre a existência de um gabinete de crise no estado de Santa Catarina, que está recebendo relatórios sobre os danos causados nos municípios, sendo que Timbó já realizou o encaminhamento dos mesmos. Os relatórios visam possibilitar a identificação de medidas de suporte e recuperação das lavouras e culturas comprometidas.

Alerta de chuva  
volumosa para região

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O engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho e o meteorologista Piter Scheuer alertam para volumes intensos de chuva que devem cair entre os dias 26 e 28 de outubro. Em um vídeo publicado em sua rede social, Coutinho alerta para chuva forte no Oeste, Planalto Norte, parte do Vale do Itajaí e Grande Florianópolis “em três dias, vai chover o equivalente a quinze dias, principalmente quinta e sexta-feira”. 

A redação do Jornal do Médio Vale (JMV), entrou em contato com o coordenador da Defesa Civil de Doutor Pedrinho Paulo Andrey Vicente, “recebemos um alerta de chuva entre o dia 26 e dia 28 de outubro para um volume entre 80 e 120 milímetros (mm) de chuva, essa é a previsão de momento, se for isso, com os níveis que os rios estão agora, será tranquilo”.

A Epagri Ciram, através do meteorologista, Marcelo Martins, também divulgou seu relatório semanal, onde aponta para hoje, dia 24 de outubro, que o tempo será com muitas nuvens e encoberto com chuva no decorrer do dia, começando na madrugada do Extremo Oeste ao Litoral Sul na divisa com o Rio Grande do Sul (RS). Nas outras regiões do estado, a partir da tarde risco de temporais isolados. A temperatura declina no fim do dia, com a aproximação de uma massa de ar seco pelo RS e sul de Santa Catarina (SC).

Para o dia 25 de outubro o tempo será com mais nuvens e com chuva na madrugada e manhã em SC, o tempo melhora com aberturas de sol no decorrer do dia, com o avanço de um sistema de alta pressão pelo estado. A temperatura será amena, sem muita variação durante o dia devido à variação de nuvens e ao vento sul. No dia 26, sol entre algumas nuvens no estado e entre a tarde e a noite mais nuvens e pancadas de chuva com raios em áreas próximas ao Paraná. A temperatura será com pouca elevação no decorrer do dia. Já no dia 27 de outubro será com sol e aumento de nuvens em SC além de pancadas de chuva com raios entre a tarde e a noite. A temperatura vai ser com pouca elevação no decorrer do dia.

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