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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Estado registra primeiro óbito por dengue em 2022

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Estado registra primeiro óbito por dengue em 2022

Foto: Divulgação

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) confirmou no dia 28 de janeiro de 2022, a morte de um homem, de 40 anos, residente no município de Criciúma, por dengue. O caso é considerado importado, já que a investigação epidemiológica evidenciou deslocamentos por municípios do estado de São Paulo.

O homem começou a manifestar os sintomas da doença (dor no corpo, febre e enjoo) ainda no mês de dezembro do ano passado. Ao apresentar piora no quadro (exantemas, náuseas, dor articular, dor abdominal e desidratação), foi internado, mas não resistiu e acabou morrendo em janeiro desse ano. O caso foi investigado pela Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma, em conjunto com a Gerência Regional de Saúde e apoio da Dive/SC.

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No ano de 2021, o estado confirmou sete mortes por dengue: cinco em Joinville, um em Camboriú e um em Florianópolis, sendo que todos foram casos autóctones, ou seja, contraídos dentro do estado.

De acordo com informações do boletim epidemiológico publicado no site da Dive/SC, no ano de 2021 o estado registrou o maior número de casos de dengue no acompanhamento da doença, desde o registro dos primeiros casos, que ocorreu no ano de 2011. Quatro municípios registraram transmissão em nível epidêmico e foram confirmados sete óbitos pela doença. Assim, é necessário que a população entenda que o mosquito Aedes aegypti está presente em muitos municípios catarinenses, reforçando as medidas de prevenção. A eliminação dos criadouros do mosquito, ou seja, locais com água parada, continuam sendo a melhor estratégia de prevenção.

Em Timbó, a Vigilância Sanitária, através do Programa Nacional de Combate da Dengue (PNCD), informa que, até o momento, já foram contabilizados cinco focos do mosquito Aedes Aegypti no mês de janeiro de 2022. “Fato este que pode ser observado pelo que está acontecendo com os municípios vizinhos como Indaial, já considerado como município infestado, onde a entrada da cidade já possui uma placa com esta indicação”, observa o coordenador da Vigilância Sanitária, Carlos Brás Busarello.

O profissional observa que “além do mosquito circulando, temos também, conforme dados da Vigilância Epidemiológica, a doença vinda de outros estados. Sendo assim, temos dois fatores importantes: o mosquito e a doença no município. Lembrando que o mosquito é transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana”.

Busarello observa que “quando um foco acontece, é necessário a mobilização de todos os agente de combate de endemias, assim como muitas vezes a ajuda dos agentes comunitários na delimitação de foco, procedimento este de inspeção que deve ser realizado num raio de 300 metros do foco, onde são inspecionado todos os imóveis. Com isto, solicitamos ajuda para que toda a sociedade se mobilize para adotar todas as medidas preventivas necessárias nos imóveis de sua responsabilidade”.


Prevenção

*Mantenha a caixa d’água bem fechada e coloque uma tela no ladrão.

*Piscinas devem ser cobertas, mantidas sempre limpas e tratadas com cloro semanalmente. *Caso quiser guardar garrafas de vidro ou plástico, mantê-las sempre com a boca para baixo. *Mantenha bem tampados tonéis e barris de água.

*Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água.

*Não jogar lixo em terrenos baldios.

*Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje e calhas.

*Retire a água e lave com sabão a bandeja externa da geladeira.

*Tampe os ralos e deixe a tampa do vaso sanitário fechada.

*Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com frequência.

*Verificar as bromélias regularmente.

*Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de coleta.

*Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de coleta.

*Lave a vasilha de água de seus animais semanalmente.

*Observar diariamente vasos de plantas.

*Faça furos nos pneus velhos para evitar o acúmulo de água e mantenha-os em locais cobertos ou então, entregue em locais de reciclagem.


Sintomas e sinais

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

As pessoas que apresentem os sintomas da doença devem procurar atendimento em um serviço de Saúde. Da mesma forma, a rede de assistência precisa estar alerta para identifi car essas suspeitas, realizando o manejo clínico conforme a indicação do fluxograma de classificação de risco e manejo dos pacientes. A condução oportuna dos casos suspeitos permite evitar o agravamento do quadro e inclusive a evolução para o óbito.


Transmissão

O mosquito Aedes aegypti pode transmitir três doenças: dengue, zika vírus e chikungunya. A melhor estratégia de prevenção dessas doenças continua sendo a eliminação de locais que possam acumular água.

A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. Ela escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente. O mosquito adulto surge num ciclo de, aproximadamente, sete dias.

Busarello informa que em caso de dúvida, buscar por informações no Serviço de Vigilância Sanitária através do telefone: 3380-7254. “Importante observar que períodos chuvosos atrelados ao calor são favoráveis à proliferação do Aedes aegypti”

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