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sexta-feira, 6 de junho de 2025

Eterno trapalhão

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Eterno trapalhão
Humorista Dedé Santana que morou mais de 10 anos em Santa Catarina, pretende se mudar novamente par …

Amanda Bittencourt/ JMV

Foto: FOTO/ELIVINO CAMPESTRINI/JMV

INDAIAL – Quem não se lembra de um quarteto de trapalhões que desde os meados dos anos 60 e 70 alegraram gerações inteiras e que até hoje são lembrados e servem como exemplo para as novas gerações de humoristas? Todos nós lembramos, não é mesmo? E no fim de semana, o eterno trapalhão Dedé Santana, esteve na cidade de Indaial, fazendo três grandes espetáculos junto com o Circo Mix, levando famílias a vivenciarem a magia do circo. Nossa redação não poderia deixar de bater um papo com esse grande humorista, ator, apresentador, diretor, roteirista e amante da arte circense.

Dedé já está com seus 82 anos de idade, mas isso não o impede de continuar no seu ritmo, viajando por todo o Brasil junto com o circo, fazendo filmes e peças teatrais. Ele é filho do palhaço Picolino, Oscar Santana, e da contorcionista, Ondina Santana. Nascido e criado debaixo da lona de circo, começou desde cedo a trabalhar junto com a família. “Eu entrei pela primeira vez no palco, no colo da minha mãe com três meses de idade. Com sete anos eu já comecei a ser palhaço. Já fui trapezista, trabalhei no globo da morte, bom na verdade, tudo o que se faz em circo eu fiz”, destaca Dedé.

Na televisão, um de seus primeiros trabalhos humorísticos antes dos Trapalhões, foi no papel do cangaceiro Corisco, mais conhecido como Diabo Loiro, na TV Cultura. “Eu fui chamado por um cara, que chamavam ele de homem do sapato branco, um grande jornalista da época, que me perguntou se eu não gostaria de fazer esse papel na TV Cultura. Eu disse que nunca tinha feito isso na televisão, mas eu topei”, relembra Dedé.

Depois, Dedé inaugurou a primeira televisão de Brasília e o primeiro teatro da capital brasileira, apresentando uma peça teatral chamada Cabral JK. A dupla Dedé e Didi antecedeu a criação do grupo Os Trapalhões, e juntos fizeram mais de 10 filmes recordes de bilheteria na época. “Os filmes ainda eram em preto e branco na época e Os Trapalhões, surgiu 10 anos depois, que Dedé e Didi já faziam um relativo sucesso no cinema”, completa o artista.

Desde então o grupo começou a fazer sucesso e foi uma sensação nacional lembrada até hoje. Dedé já tem mais de 62 filmes na carreira, tanto protagonizados por ele, quanto escritos e dirigidos, inclusive no próximo ano, podemos esperar um filme com Dedé e Didi juntos, pela Globo Filmes. “Tive também dois filmes premiados, um deles foi “Antes que eu Esqueça”, que foi elogiado pela crítica, mas acredita que ainda eu não o assisti? Mas ele já esta rodando em vários festivais pelo mundo todo”, enfatiza Dedé.

Dedé lançou em 2010 o livro “Dedé Santana – Um trapalhão de Deus”, que fala sobre a sua vida, trajetória na televisão brasileira, parceria com Renato Aragão (Didi), cinema, família, parceiro e amigos. Um segundo livro pode ganhar forma agora em 2019.

Em 2003, Dedé fez uma amigo aqui da região do Médio Vale, que o ajudou e o incentivou a vir morar em Santa Catarina. “Eu tenho um amigo que conheci na época, o Carlos Felski, e construímos uma grande amizade e hoje o considero como um filho mais velho. Ele me convidou para participar de algumas palestras com ele e eu fiz. Na ocasião ele me disse para que eu me mudasse para Santa Catarina, e quando eu trouxe minha mulher para cá, que é de descendência alemã, se apaixonou por Blumenau e não voltamos mais, só para buscar a mudança”, comenta Dedé.

Dedé voltou a morar no Rio de Janeiro, cerca de dois anos, por conta de alguns trabalhos, mas já adianta que nos próximos meses, estará se mudando novamente para terras catarinenses. “A minha intenção é voltar a morar em breve, na minha casa na Praia de Cabeçudas, em Itajaí. Adoro o lugar, conheço todos os pescadores, é um verdadeiro paraíso para mim”, conclui.

Para finalizar, perguntamos ao humorista como ele se sente quando se apresenta e vê as pessoas se divertindo com suas brincadeiras. “Eu vejo o pai, a mãe, a avó, a família toda olhando para mim e sinto uma sensação maravilhosa que me fortalece para trabalhar. Estou muito feliz com tudo o que eu estou fazendo e espero aguentar mais alguns anos”, finaliza o eterno trapalhão.

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