Tão pequeno e já enfrenta uma grande batalha. Essa é a história do pequeno Gael, que, prestes a completar um ano de vida, luta para realizar um ato que deveria ser simples: se alimentar. Desde os quatro meses, ele enfrenta dificuldades graves e ainda sem diagnóstico. Os pais, Tania Avila e Alex Constante, de Timbó, travam uma luta diária para garantir que ele receba o tratamento necessário e possa crescer com saúde.
Em entrevista, a mãe, Tania, conta que o filho Gael foi muito esperado pela família. Quando nasceu, era um bebê saudável, alimentado exclusivamente com leite materno. Ao lado deles também estava Pedro, o irmão mais velho, de seis anos, filho de um relacionamento anterior de Tânia.
Porém, a felicidade deu lugar à angústia quando, aos quatro meses, Gael parou de ganhar peso. A tentativa de introduzir fórmula falhou: ele rejeitava a mamadeira. A alimentação materna já não era suficiente e, mesmo com a dedicação dos pais e da creche, o bebê não conseguia se alimentar. O mesmo aconteceu quando foi iniciada a introdução alimentar.
“Ele não deglutia, não engolia. A fórmula, os alimentos, até os medicamentos, tudo voltava”, explicou a mãe.
Os pais buscavam ajuda médica, mas sem respostas claras. Com o agravamento do quadro, Tania precisou deixar o emprego para cuidar do filho. Sem diagnóstico, a família começou uma maratona por respostas. O SUS oferecia consultas e exames com longas filas de espera. A situação acabou se agravando.
Foi por meio de uma vaquinha feita por familiares que se tornou possível a primeira consulta com uma fonoaudióloga particular. O resultado: Gael tinha uma limitação de movimentos da língua, o que afetava toda a sua alimentação.
As primeiras sessões com a fonoaudióloga começaram a mostrar melhora. Ainda assim, os exames essenciais, como o videodeglutograma, tinham prazos de espera de até 305 dias pelo SUS. A família chegou a recorrer à Defensoria Pública para agilizar o processo.
Diante da urgência e sem condições financeiras, os pais lançaram um pedido de ajuda pela internet. Em menos de três dias, arrecadaram os R$ 1.600 necessários para realizar o procedimento em Florianópolis.
Tânia ressalta que, graças à campanha que viralizou, foi possível conseguir também um pediatra em uma clínica particular.
Hoje, Gael está em casa, se alimentando por sonda, recebendo acompanhamento médico e fonoaudióloga, e lutando contra uma anemia grave, iniciando tratamento com ferro intravenoso.
Há também a possibilidade de uma cirurgia de gastrostomia, que os pais tentam adiar. “É muito invasiva. A fono diz que a sonda ainda é nossa aliada, e queremos esgotar as possibilidades antes da cirurgia”, disse Tania.
A rotina dos pais é revezada entre consultas, viagens e cuidados domésticos. Tania não pode trabalhar, e a renda da casa depende apenas do pai, Alex.
Por isso, a família segue contando com o apoio da comunidade para continuar o tratamento de Gael. Contribuições podem ser realizadas por meio do Pix Solidário, pelas chaves 47992561241 (Tania) ou 47992562012 (Alex).
Além disso, no dia 7 de junho, será realizado um pedágio beneficente na cidade de Timbó, sendo o valor revertido para a família. A iniciativa está sendo organizada pelo grupo Tretas Timbó.
“Depois de tanta aflição, coração apertado, sem saber o que fazer, estamos conseguindo ter as respostas, e o Gael está fazendo o tratamento que precisa. Só temos a agradecer a todo mundo que já nos ajudou e que continua nos ajudando com o tratamento dele”, finaliza a mãe.
Tania também compartilha a história do Gael nas redes sociais, pelo Instagram @tania_avilla