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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Família produz há mais de 30 anos acolchoados de lã de carneiro

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Família produz há mais de 30 anos acolchoados de lã de carneiro
Tradição de produção das peças passou de pai para filho e segue sendo destaque em Doutor Pedrin …

CLARICE GRAUPE DARONCO/JMV

Foto: divulgação

CLARICE GRAUPE DARONCO/JMV
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DOUTOR PEDRINHO ––O frio está chegando e torna-se inevitável que as pessoas não venham a se agasalhar melhor para se proteger. Além de se agasalhar com roupas mais pesadas, um bom edredom, cobertor ou acolchoado, também é indispensável em noites frias. Hoje em dia, com o material utilizado na fabricação destes produtos, seja algodão, fibras sintéticas ou mesmo lã, é possível garantir que o corpo permaneça bem aquecido durante o sono, por exemplo.
A preferência pelo tipo de material usado na confecção desses adereços vai variar conforme o gosto e a condição financeira de cada um. Mas, antigamente, no tempo de nossos avós, era comum que muitas famílias tivessem em casa o famoso “acolchoado de ovelha”, que era feito a partir da lã do animal e tinha como uma das características ser bem pesado, mas que garantia noites quentes no inverno.
Na região do Médio Vale do Itajaí, a existe uma história de vida onde as mãos juntam-se a lã de cordeiro e o resultado é um magnífico e quentinho acolchoado. Imagina que há mais de 30 anos atrás o jovem José da Silva, chegava da cidade de Laurentino, para morar em Doutor Pedrinho, trazendo consigo o sonho e a ideia de confeccionar de uma forma artesanal os acolchoados de lã de carneiro.
A história dos acolchoados é contada a redação do Jornal do Médio Vale pelo neto, Marciano da Silva. Segundo ele, o processo da fabricação dos acolchoados no início era feito a mão, onde a lã era desfiada. “Meu avô, levantava cedinho, antes das 4 horas, onde acendia o fogo no fogão a lenha e quando o dia amanhecia ele já tinha toda a lã desfiada a mão para fazer um acolchoado”, relata Marciano ao lembrar que depois do acolchoado montado era preciso costurar e este trabalho também era feito a mão, com uma agulha e uma linha. “No final, meu avô estava com os dedos machucados pela agulha”, destaca o neto ao relembrar que o tempo passou e seu avô casou-se e teve cinco filhos com Paula da Silva.
“Quando os filhos cresceram a técnica foi sendo repassada, mas depois de muito tentar, quase todos eles foram embora e abandonaram o interior de Doutor Pedrinho, restando somente o meu pai, Wilmar da Silva, que foi o único filho de José da Silva que deu continuidade ao trabalho dos acolchoados de lã de carneiro em Santa Catarina”, ressalta Marciano.
Os anos foram passando e a tecnologia chegou para ajudar na confecção dos acolchoados. Hoje, a lã não é mais desfiada a mão, a costura não é mais manual e a lã é lavada em uma máquina e não com os pés em um cesto no riacho como meu avô fazia.
“Hoje, meu pai Wilmar e minha mãe Maria Aparecida continuam com o trabalho de fabricação dos acolchoados, sempre buscando novas ideias e maneiras para divulgar este produto tão raro e de excelente qualidade e durabilidade”, observa Marciano.
A fábrica de acolchoados está localizada no município de Doutor Pedrinho e atualmente conta com o apoio do Sebrae e integra o projeto Roteiro Turístico do Vale Europeu. Hoje também são confeccionados travesseiros de lã e acolchoados de fibra. Mas o grande “herói” da família Silva é o acolchoado de lã de carneiro, que aquece muito bem no inverno, além de ser leve e não provocar alergia.
Também pode ser lavado facilmente e tem uma durabilidade de aproximadamente 30 anos, sendo que após este período é possível também reformar e continuar sendo usado por mais 30 anos. “Recomendamos que ao adquirir um acolchoado de lã de carneiro, coloquem com frenquência ao sol, pois a lã precisa transpirar e sempre usar com capa, pois fica mais fácil a limpeza do produto”, comenta Marciano.
Mais informações podem ser obtidas sobre os acolchoados de lã de carneiro, através do telefone: (47) 3388-0253
 

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