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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Morro Arapongas receberá revoada de parapente

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Morro Arapongas receberá revoada de parapente
TIMBÓ ? O Morro Arapongas receberá uma ação especial nos dias 11 e 12 de maio, sábado e domingo …

CLARICE GRAUPE DARONCO/JMV

Foto: André Schroeder (pilo) / jmv

CLARICE GRAUPE DARONCO/JMV
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TIMBÓ – O Morro Arapongas receberá uma ação especial nos dias 11 e 12 de maio, sábado e domingo, sucessivamente. Segundo informações de Irineu Lenzi Junior, o Timbó Clube de Voo Livre está promovendo uma ação esportiva e ambiental no Morro Arapongas, em Timbó. Junior conta que os pilotos de parapente de todo o Estado de Santa Catarina foram convidados para juntos realizarem uma revoada pela cidade. “O objetivo deste encontro é marcar o retorno das atividades de voo livre na rampa de decolagem do Morro Arapongas. Não se trata de um campeonato, nem de um festival. O que vai acontecer é o que os praticantes do esporte chamam de Free-Fly. Não há taxa de inscrição, assim como não haverá premiação, somente a confraternização e a vontade de voar com os amigos”, destaca ele.
De acordo com a organização, além da atividade esportiva, o Timbó Clube de Voo Livre está promovendo uma ação ambiental. Nos dois dias de evento os pilotos, enquanto sobrevoarem o Morro Arapongas, jogarão sementes de Palmito Juçara na mata. As sementes foram doadas, através de uma parceria com o Viveiro Florestal Mudas do Vale e serão distribuídas em embalagens aos pilotos.
A decisão por estar repovoando a mata com sementes de Palmito Juçara deve-se ao fato de que o extrativismo extensivo desta espécie não só coloca em risco sua existência como de outras espécies da flora e da fauna. Segundo os especialistas, o Palmito Juçara é uma espécie-chave na ecologia da Mata Atlântica. Ela está na base da cadeia alimentar de dezenas de seres vivos, seus frutos e sementes são importantes para a sobrevivência de várias espécies de aves, roedores e até de macacos. Esses animais, por sua vez, participam da dispersão das sementes da planta por toda a floresta. Desse modo, a derrubada das palmeiras Juçara afeta em vários níveis os processos ecológicos, fragilizando ainda mais os escassos remanescentes da Mata Atlântica.
Devido à grande exploração, atualmente existe menos de 8% da área original de plantação de Palmeira Juçara. Além da depredação do Meio Ambiente, a exploração predatória desse produto também traz graves riscos à saúde do consumidor.
A organização explica ainda que além das sementes que serão jogadas na mata, cada piloto de parapente que participar da revoada receberá uma muda de Palmito Juçara para plantar nas imediações da rampa de decolagem. “As decolagens dos parapentes ocorrerão durante todo o final de semana entre às 10 e 16 horas”, explica Junior.
O acesso à rampa de decolagem será feito, preferencialmente, por veículos 4×4, já que em alguns trechos da estrada pode ser encontrada inclinação muito acentuada para ser enfrentada com veículos com tração dianteira.
O Timbó Clube de Voo Livre conseguiu o apoio do Exército Brasileiro, através do 23° Batalhão de Infantaria de Blumenau que estará fazendo o transporte dos pilotos até a rampa de decolagem com dois veículos Agrale Marruá 4×4. Estes veículos possuem DNA militar, são super robustos e chamam muito a atenção por onde passam.
A área de pouso será na sede do clube, juntamente com a sede da Associação de moradores do bairro dos Estados, localizado na rua Frei Bruno, s/nº, onde  haverá serviços de bar e cozinha durante todo o final de semana.  
A organização observa que este evento esportivo e ambiental tem o apoio da Manobra Radical, Viveiro Florestal Mudas do Vale, Sobela, Sol Paragliders, Metisa, Prefeitura Municipal de Timbó e 23° Batalhão de Infantaria de Blumenau e da Associação Brasileira de Parapente.
 

 

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Homenagem ao morador do Morro Arapongas

 

Quem conheceu o doce velhinho de olhos azuis que morava na rampa de salto do Morro Arapongas, está de luto. A afirmação é da enfermeira Margot Friedmann Zetzsche, ao falar de Cláudio Negherbon, que faleceu na última semana de abril. “Muitos de vocês foram lá em cima. Conheciam-no e tiveram o privilégio de tomar café em sua casa, que muitas vezes estava acima das nuvens, assim como turistas, voadores, muitas de minhas alunas e alunos de enfermagem em suas visitas à comunidade. A alegria de Cláudio em receber! Via lá de cima que tinha gente subindo e colocava a  chaleira no fogo. Se lavava, passava perfume, colocava uma camisa bonita e vinha receber quem quer que subisse. Descia o Morro a pé quase todos os dias, ainda  aos 80 anos e muitos. Poderia ter vivido quase 100 anos. Tinha energia e vitalidade para isto. Aqueles lindos olhos sorridentes, no rosto sempre bem barbeado e os cabelos branquinhos e fartos”, relata Margot.
A enfermeira conta que a equipe de Saúde do bairro Araponguinhas atolou o carro, subiu o Morro a pé, mas também já era tarde. As enfermeiras e a equipe do Hospital Oase o mimaram e cuidaram em vão. “Gosto de imaginar o Cláudio colocando a chaleira no fogo, atiçando as brasas do fogão, na casa antiga de madeira, com seu assoalho brilhando e os tapetes de retalhos coloridos”.
 

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