O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades em uma contratação direta, sem licitação, de uma plataforma de telemedicina no valor de R$ 547 milhões para a Secretaria de Estado da Saúde (SES). A aquisição, realizada pelo Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (CIASC), envolveu a empresa Integra Saúde Digital Telemedicina, que teria estabelecido operação no estado apenas três dias antes de enviar a proposta.
As promotorias responsáveis, 7ª e 26ª da Comarca da Capital, com foco na moralidade administrativa, iniciaram o procedimento após denúncias veiculadas pela mídia, que indicavam pressões para agilizar o processo. Os promotores Rafael de Moraes Lima e Andrey Cunha Amorim solicitaram à SES e ao CIASC explicações sobre o caso, além de uma cópia completa do processo administrativo de contratação, com prazo de resposta de 10 dias.
Também foram requisitadas informações ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) para verificar se já existe algum procedimento investigativo em andamento. A análise dessas informações iniciais determinará os próximos passos da investigação.