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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Muito além de uma historiadora

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Muito além de uma historiadora

Clarice Graupe Daronco

Na data de 22 de outubro, registrou-se a perda de uma grande mulher: Elisabeth Germer, com 81 anos. Como forma de homenagem o prefeito de Timbó, Jorge Krüger, decretou luto oficial por três dias no município. A bandeira do município de Timbó, defronte à Prefeitura, foi hasteada a meio mastro em sinal de respeito.

Elisabeth foi professora, escritora, historiadora, colunista social do JMV e uma das fundadoras da Apae em Timbó, onde contribuiu durante toda a sua vida. Ela também sempre esteve dedicada à cultura timboense, com uma vasta quantidade de registros históricos, em especial em fotos. Sempre estava presente em eventos, em especial os organizados pelo Lions Clube, Rotary Club de Timbó e Rotary Club Pérola do Vale, Casa da Amizade do Rotary e Grêmio das Domadoras do Lions.

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Beth, como era conhecida, é natural de Timbó e teve várias paixões que iniciaram com a fotografia, oportunidade em que registrou momentos do aqui e agora, buscando ainda através de suas obras despertar na humanidade a concepção do belo, embutindo nelas o amor e o respeito à natureza que é mais uma das suas paixões.


Sua história

Elisabeth Germer nasceu no dia 3 de março de 1940, na Mulde Central. Filha de Victor Germer e Clara Germer (nascida Westphal), ambos agricultores. É irmã de Adolfo, Germano e Siegfried (in memoriam). Teve um filho, Sérgio Luiz Girardi (in memoriam) e uma nora que considera como filha, Rúbia Luiza Adam Girardi. Beth era casada com o advogado Walter Ramos Momm.

Em 2020, no Dia da Mulher o JMV entrevistou Elizabeth e ela recordou muitos fatos de sua vida: aos seis anos de idade já aprendera a falar e ler perfeitamente a língua alemã clássica, com seu avô paterno Freymund Germer, o qual incentivou o saber pelas coisas da vida, da natureza, da climatologia, da literatura, da cura de doenças em seres humanos, nos animais e nas plantas, mas principalmente no entendimento da alma do ser humano

Na sua vida profissional Beth destacou-se com seu trabalho voluntário às atividades de: enfermeira, veterinária, preparadora de defuntos, aconselhadora e mediadora. Também foi artista-fotográfica e Membro da Associação Timboense de Artistas Plásticos.

Dentre outros atributos, também foi poetisa, escritora, historiadora, ambientalista, colunista social filiada à Federação Brasileira de Colunistas Sociais, participante dos clubes de serviço: Lions Clube, Rotary Club de Timbó e Rotary Club Pérola do Vale, Casa da Amizade do Rotary e Grêmio das Domadoras do Lions. Também foi membro da Federação das Apaes de Santa Catarina.

Ela graduou-se como professora e atuou em diversas disciplinas, em vários colégios entre Indaial e Timbó, durante um período de 35 anos de profissão. No Instituto Goethe, em Curitiba, fez o Curso Superior de Língua Alemã e pela Faculdade Regional de Blumenau (Furb), colou grau superior de Bacharel em Educação Artística. Participou ainda de cursos de aperfeiçoamento como professora na Alemanha, na Itália e na Hungria.


Paixões

Beth foi uma da principais incentivadoras e fundadora da Apae de Timbó. A timboense também tinha uma paixão pela natureza, razão pela qual um dos seus hobbys era cuidar de plantas e flores. Beti tinha pós-graduação pela Universidade de Brasília em Educação Ambiental, oportunidade em que prestou serviços como coordenadora durante 13 anos no Departamento do Meio Ambiente da Prefeitura de Timbó, além de participar como membro do Instituto Ambiental Aracuã.

Arquivo JMV

No seu envolvimento com a Cultura destaque para o acompanhamento e incentivo ao Grupo de Bandoneons “Os Cinquentões”, de Timbó. Como cultivadora das tradições germânicas e italianas, criou o Grupo de Danças – Volkstanzgruppe Blauer Berg. Por um breve período também esteve à frente da coordenação do Museu do Imigrante de Timbó.

No quesito poesia, que também era uma de suas paixões, a timboense teve muitas delas publicadas de forma esparsa em jornais da região. Como escritora, tem publicações na República Federal da Alemanha, uma obra escrita em língua alemã, e que se encontra arquivada no Arquivo Histórico de Hasselfeld (Baviera). Tem ainda publicado como historiadora-ambientalista, textos e fotos em jornais locais”.

Beth também tinha uma segunda paixão, a fotografia. Além de participar da programação da Associação de Artistas Plásticos Timboenses, participou de vários concursos fotográficos, bem como de inúmeras exposições fotográficas promovidas pelo Samae, Caixa Econômica Federal, Furb, Uniasselvi de Indaial, Fameblu, de Blumenau, e, inclusive, tem obras arquivadas na Espanha.

Para Elisabeth Germer os mais sinceros agradecimentos por ter feito parte da história de Timbó e do Jornal do Médio Vale, como colunista social e colaboradora em muitas e importantes matérias ao longo dos anos.

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