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Timbó
segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Museu de Timbó terá vestimenta dos primeiros imigrantes italianos

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Timbó foi colonizado por alemães e italianos, e a partir de 1880, os primeiros imigrantes italianos vindos da região do Tirol começaram a chegar à cidade, estabelecendo-se no que hoje é conhecido como bairro Tiroleses.

Por serem provenientes de uma região onde as temperaturas eram frequentemente abaixo de zero, os imigrantes usavam um “capotão,” uma peça semelhante a um casaco grande, confeccionado com material de extrema qualidade e durabilidade. Este capote, doado pela família Da Rui de Timbó, ficará exposto no Museu do Imigrante.

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A redação do Jornal do Médio Vale (JMV) entrevistou Norma Da Rui, agente consular honorária da Itália, e Celso Cristofolini para conhecer a história dessa peça, que representa um pouco da trajetória da imigração italiana.

História do Capotão

Segundo Norma, seu tataravô Antonio Da Rui e seu filho Giuseppe Da Rui passaram 40 dias em um navio até chegarem ao Brasil. “A temperatura naquela época era abaixo de 20 graus. Quando estive na região de Belluno, no Vêneto, a temperatura era de 26,6 graus negativos. E quando meu tataravô e meu bisavô vieram para o Brasil, eles trouxeram na bagagem tudo o que podiam. Devido ao frio, Antonio Da Rui usava o capotão, que era grande e quente, para aquecer a si mesmo e ao filho Giuseppe, que na época tinha 11 anos.”
Essa peça, um símbolo da imigração italiana, está sendo doada pela família Da Rui para o acervo histórico de Timbó.

Para Celso Cristofolini, um timboense nascido e criado no bairro Tiroleses e entusiasta da cultura italiana, “essa será a peça mais importante do Museu do Imigrante”.

“Eu vi meu padrinho, Ângelo Da Rui, avô de Norma Da Rui, usando o capotão várias vezes para ir à missa. É exatamente essa peça que estará exposta no Museu do Imigrante. Ele cavalgava, andava na chuva com essa roupa,” relembra Cristofolini.

A Peça

Guardado com muito zelo pela família Da Rui, Norma diz que o capotão, além de proteger do frio e da chuva, “traz um calor humano, um calor da história da família e da cultura da imigração italiana. Sinto uma emoção muito forte ao saber que a peça estará exposta para que mais pessoas sintam essa mesma emoção, e principalmente, poder contribuir com a história da imigração”, destaca Norma.
O capotão tem 1,70 metro de altura e 3 metros de largura, sendo confeccionado com uma lã impermeabilizada.

A peça, que conta um pouco da história da vinda dos primeiros imigrantes italianos para Timbó, estará exposta no Museu do Imigrante.
A entrevista completa com Norma Da Rui e Celso Cristofolini pode ser assistida no canal do YouTube do Jornal do Médio Vale.

Confira o vídeo!

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