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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Oma Alma Gessner vai completar 100 anos de vida

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Oma Alma Gessner vai completar 100 anos de vida
Há mais de dois anos a timboense teve um AVC e família espera comemorar o seu centenário em dezem …

CLARICE GRAUPE DARONCO/JMV

Foto: CLARICE GRAUPE DARONCO/JMV

CLARICE GRAUPE DARONCO/JMV
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TIMBÓ – Chegar aos 100 anos de vida não é para qualquer um. São poucos os idosos que conseguem alcançar essa dádiva e ter a oportunidade de conviver mais tempo, com os filhos, netos, bisnetos e especial, com os tataranetos. Em Timbó, temos a história da oma Alma Gessner. Uma senhora de garra, que sofreu muito em sua juventude. Viveu por muitos anos na lavoura, na Mulde e tinha como fonte de sobrevivência a venda de abacaxis. Ela e seu primeiro esposo, Alvin Schubert (in memorian) plantavam, cuidavam, colhiam e traziam em cestos nas costas para vender na cidade. Depois que ficou viúva, com seus quatro filhos, sendo dois já in memorian, mudou-se para a cidade e casou-se com Alvin Gessner, com que não teve mais filhos.
Atualmente, oma Alma, como é conhecida, está sob os cuidados da esposa de seu neto, Eliane Schutze Zilse. Em visita a casa da oma, verificamos que a mesma está acamada e necessita de toda a atenção de sua neta. Eliane conta que em maio de 2010, Alma teve um AVC, que resultou em sérios problemas de saúde. “Ela não anda, fala muito baixinho e precisa de toda a nossa atenção para comer, tomar a medicação no horário certo e até mesmo para falar”, relata a jovem senhora que dedica-se com muito carinho a sua avó.
A visita da redação do JMV a casa da oma foi acompanhada pela colunista social Elisabeth Germer que conhece a história de Alma Gessner, muito profundamente. Elisabeth troca algumas palavras em alemão com oma Alma e ajuda a sua neta a relatar a história de luta e trabalho desta timboense, que no dia 27 de dezembro completará 100 anos de idade.
Eliane conta que sua avó sempre gostou de cantar hinos de igreja, juntamente com o seu segundo marido, Alvin Gessner. “Eles viveram 15 anos juntos, sendo que já faz 27 anos que ele faleceu, mais precisamente no dia 15 de outubro de 1985”, conta a neta ao afirmar juntamente com Elisabeth que com o segundo marido, oma Alma, teve uma vida mais tranqüila. “Quando era jovem, casada com Alvin Schubert, a oma teve uma vida muito difícil, vivia em uma casa bem precária e viviam com o que plantavam na lavoura”, observa Elisabeth ao relatar que para se manter a família de oma Alma plantavam e colhiam abacaxi que era vendido na cidade. “Eles desciam com os cestos cheios de abacaxi que comercializam na cidade. Era muito sofrida a vida dela, pois os cestos eram pesados e ela precisa carregá-los nas costas por um longo trajeto da sua residência no morro da mulde até a cidade”, conta Elisabeth.
Oma Alma teve quatro filhos, sendo que dois já são falecidos, 12 netos (um in memorian), mais de 20 bisnetos e quatro tataranetos. Questionada sobre o que ela ainda mais gosta de fazer, Eliane olha com um olhar carinhoso para a velhinha, que a mesma sentou em uma poltrona e cobriu seus ombros com o casaco, e afirma: “dormir, descansar”. “Antes de ter o AVC e ficar acamada, a oma gostava de cuidar do jardim e trabalhar na terra. Quando ficou viúva e veio morar na cidade trabalhou por muitos anos no açougue do Supermercado Schutze com o seu segundo marido, mas agora ela prefere ficar deitada na cama, descansando”, conta a neta.
Ao perguntar qual a comida preferida da oma Alma, Eliane afirma que sua avô gosta de comer pão.  Elisabeth perguntou se a família vai preparar algo especial para comemorar o centenário de oma Alma, Eliane afirma que assim como em todos os anos é feito, será feito nesta data. “A oma nunca convidou ninguém para o seu aniversário, mas sempre deixamos as coisas preparadas, pois segundo ela mesma, sempre dizia que lembrar da data vai vir, e muitas vezes a casa ficava cheia de parentes, amigos, colegas de trabalho e pessoas a comunidade que ela atendeu, tanto com a venda de abacaxi como no açougue do Supermercado. As pessoas gostam muito dela e sempre lembram da data com carinho”, afirma Eliane.
Tanto Eliane como Elisabeth foram questionada sobre o que a oma fez para chegar aos 100 anos de vida. Ambas relataram que Alma, sempre trabalhou muito, gostava de cuidar da terra, cuidar das flores e das pessoas. Ela tinha uma vida simples, quando criança não tinha sapato e andava descalça, tanto para ir na escola como para trabalhar; dormiu por muitos anos em cama de cipó trançado e colchão com palha de milho; se alimentava de frutas e verduras e não tinha vícios.
 

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